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A passividade das pessoas diante da necropolítica de Witzel

Set 18, 2019

Por Bepe Damasco                                                                                                  

Somando-se a outras ações anteriores desta natureza macabra, nesta quarta-feira, 18 de setembro, a polícia aérea de Witzel atacou a tiros  a favela do Complexo do Alemão. Na véspera, o alvo foram os moradores do Jacarezinho. 

É isso mesmo, então?

O governador genocida do Rio manda sua política atirar na cabeça do povo pobre das favelas e permanece no cargo como se nada estivesse acontecendo?

Até quando pessoas ditas de bem seguirão naturalizando o extermínio dos mais humildes?

Quem ainda se lembra dos seis jovens sem antecedentes criminais mortos recentemente pela polícia, com todas as características de execução?

Imagina a comoção se as vítimas fossem playboys do Leblon flagrados com um baseado?

Que padrão ético e moral exibe uma sociedade que, em sua maioria, apoia a comemoração mórbida de um governador depois que um criminoso foi abatido a tiros?

Nos primeiros seis meses de 2019, a polícia fluminense bateu todos os recordes de assassinatos. Grande parte deles sob o véu do “auto de resistência”. Mais de 80% desses mortos eram negros e pardos e moravam em favelas e bairros pobres. Não estará enferma da alma uma nação que convive pacificamente com estatísticas tão aterradoras?

Nenhum articulista dos veículos do oligopólio da mídia vai escrever que em qualquer país sério do mundo um governador adepto da ideologia da morte, como Witzel, já teria sido arrancado do palácio e estaria sentado no banco dos réus, para pagar por seus crimes?

Até onde vai a passividade letárgica das pessoas diante da falta de qualquer autocrítica do governador pelos resultados funestos de sua política de segurança? 

E por não há nem sombra da organização de um escatológico vômito coletivo de protesto quando Witzel promete dobrar a aposta no extermínio e, de quebra, ainda se lança candidato a presidente?

Estamos condenados a contar apenas com a coragem de deputados de oposição para denunciar o governador assassino e levar o caso até a ONU, com matérias críticas eventuais da imprensa, além de uma ou outra providência por parte do OAB e do pouco que resta de decente no Ministério Público?

Prisioneira do seu egoísmo e do ódio devotado aos pobres, herança de mais de 300 anos de escravidão, a elite não consegue enxergar que a violência estatal contra os de baixo não só envenena a convivência social no presente, como projeta sombras sobre o país no qual seus filhos viverão no futuro. 

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