Foto : Divulgação TSE
1) Pesquisas feitas por telefone têm baixa confiabilidade, pois além de excluir um percentual considerável de eleitores de baixa renda, não permite a apresentação ao entrevistado de um cartão de resposta com as opções de candidaturas, algo tido como básico pelos especialistas. Além de saber se a pesquisa é presencial ou telefônica, se der, é importante se informar sobre outros aspectos da metodologia empregada. Surgiram denúncias, por exemplo, de que a pesquisa Genial/Quaest de semana passada cometeu erro na amostragem ao reduzir o peso das classes D e E.
2) A pesquisa presencial nacional do Ipec, antigo Ibope, divulgada nesta segunda-feira (15) e que confirma a ampla vantagem de Lula, mostra que levantamentos realizados apenas em alguns estados são insuficientes para traçar um panorama nacional, ainda que sejam unidades da federação com grande colégio eleitoral.
3) No mercado de pesquisas eleitorais, que nunca foi tão vasto, tem gente e instituições sérias e competentes, mas também está longe de ser incomum a utilização de pesquisas como instrumento de ação política.
4) Neste sentido, é no mínimo estranho o súbito interesse do mercado financeiro pelo ramo da pesquisa. Hoje boa parte das pesquisas, especialmente as feitas por telefone, são encomendadas por bancos de investimento, corretoras e consultorias do mercado.
5) Alguns institutos possuem um histórico de acusações de manipulação, como o Paraná Pesquisas. Não custa lembrar que a poucos dias do segundo turno de 2014 esse instituto publicou pesquisa na qual Aécio Neves aparecia com 60% das intenções de voto e Dilma com 40%.
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O pesadelo do PSB
É evidente que em campanha eleitoral tudo pode acontecer. A história está repleta de exemplos de candidatos que largaram na frente, mas caíram do cavalo no decorrer da campanha. Contudo, todas as pesquisas até agora em Pernambuco só ampliam o favoritismo de Marília Arraes na disputa pelo governo do estado. Mesmo o trunfo do candidato do PSB, Danilo Cabral, que é o apoio de Lula, não deve ajudar muito, pois Marília também está com Lula. Pode estar chegando ao fim o longo reinado do PSB em Pernambuco.
A sujeira de sempre
A campanha Bolsonaro no horário de propaganda eleitoral e nas redes será, outra vez, fortemente ancorada em fake news e nos ataques caluniosos contra Lula e o PT. Resta saber se, a exemplo de 2018, o TSE a tudo assistirá passivamente. Promessas de combate às fake news, como as do ministro Alexandre de Moraes no período pré-eleitoral, são fáceis de serem feitas. Vamos ver no olho do furacão da campanha.
Hora da verdade
Até agora dirigentes e militantes dos partidos de esquerda têm alertado para a importância crucial da eleição para a Câmara dos Deputados e o Senado de candidatos ligados às causas populares e democráticas. Um avanço inegável. Mas é a partir deste dia 16 de agosto, quando a campanha começa oficialmente, que veremos se o compromisso é para valer ou só para inglês ver.
Kalil e Lula
Se as pesquisas estiverem corretas, na medida em que o eleitor mineiro for tomando conhecimento que Alexandre Kalil é o candidato de Lula, o ex-prefeito de Belo Horizonte tende a escalar nas pesquisas e ameaçar seriamente a liderança do governador Zema, do Partido Novo. Foi um acerto, portanto, o agendamento de um comício reunindo Lula e Kalil já nesta quinta-feira (18), na Praça da Estação, no Centro de BH.
Grande Olívio
Com pouco mais de uma semana como candidato a senador pelo Rio Grande do Sul, o ex-prefeito e ex-governador Olívio Dutra já aparece na liderança, segundo a pesquisa Ipec. A notícia tem grande relevância não só pela estatura de Olívio, como pelo fato de sua presença na disputa ter jogado para a terceira colocação ninguém menos do que o vice-presidente Hamilton Mourão. A ex-senadora Ana Amélia está em segundo.