Foto: Nando Neves
A recém-criada Frente Brasil Popular realizou, na tarde desta sexta-feira (02), um ato com foco na soberania dos recursos nacionais, defesa da legalidade democrática e que o ajuste fiscal seja pago pelos mais ricos. A pluralidade das vozes parece ser o caminho que a Frente Brasil Popular escolheu para se tornar relevante no combate aos perigos que rondam o nosso país.
A CUT RJ esteve presente reforçando sua tradição de rua. “Nós, os trabalhadores, sabemos o que é estar na rua. O trabalhador sabe que o Brasil pode ser mais e para isso precisamos defender a democracia contra qualquer tipo de golpe. A CUT sempre esteve presente, e vai estar cada vez mais neste momento. Precisamos debater com os movimentos quais serão os caminhos.” Disse o presidente da CUT RJ, Marcelo Rodrigues.
Em sua fala, Marcelinho saudou os movimentos de juventude presentes, marcando o orgulho que a Central Única dos Trabalhadores tem daqueles que ainda não eram nascidos quando o Brasil passou por suas grandes crises, mas que sabem reconhecer e se posicionar na luta pelo progresso.
Os planos que hoje seguem ganhando força no Congresso visam o entreguismo do petróleo nacional e a desvalorização da Petrobras como patrimônio brasileiro e atingem diretamente a juventude. Após a vitória das lutas pelo uso de grande parte dos royalties do petróleo para a educação, a juventude já antecipa quem será o principal afetado por estas políticas. “Sou preta, pobre e periférica. A democracia será preta, pobre e periférica. Se os movimentos tem diferenças grandes, saibam que maior do que nossas diferenças é o nosso inimigo. O ajuste bate forte na juventude. O momento é de unidade. Não entregarão nosso petróleo e não deixaremos que cortem nem mais um centavo da nossa educação.” falou sob chuva de aplausos Luma Vitório, representante do Levante Popular da Juventude.
Outros grandes afetados pelos ajustes são os trabalhadores da indústria metalúrgica. A categoria foi paralisada, estaleiros foram fechados e milhares de trabalhadores perderam seus empregos. Fazendo frente a isto, o Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói esteve presente com falas duras de Edson Rocha, presidente do sindicato. Um verdadeiro apelo de quem está na base e sentindo na carne esse corte.
Trabalhadores rurais se fizeram presentes por entidades como o MST e o MAB. Na pergunta do Movimento dos Atingidos por Barragens veio a percepção da amplitude desta luta. “O que vem esses camponeses das margens dos rios falar de petróleo na cidade? Nós, mais do que ninguém, sabemos o resultado de deixar recursos estratégicos na mão do empresariado.”. Nas bandeiras do grupo, a frase podia ser lida “Água e energia não são mercadorias!”.