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Até quando gente morrerá como mosca nos temporais?

Jan 17, 2024

Por Bepe Damasco                                                                                              

Foto: Marina do Brasil

Entra ano, sai ano, o filme é o mesmo. Pode ser no Rio de Janeiro, em São Pulo, Bahia, Santa Catarina, Rio Grande do Sul ou em qualquer outro estado. Os brasileiros, em sua imensa maioria pobres, seguem tendo suas vidas ceifadas por temporais e inundações, ou perdem seus móveis, eletrodomésticos e suas casas, em geral comprados com o sacrifício de toda uma vida.

Aliás, tentei pesquisar, sem êxito, o número vítimas fatais de enxurradas no Brasil ao longo da História. Aposto que a quantidade é alarmante.

Antes de tudo, é preciso reconhecer a complexidade da questão e fugir da armadilha de politizar as tragédias, poupando aliados e condenando adversários. 

É verdade que o aquecimento global  provoca chuvaradas cada vez mais fortes e torrenciais. E a tendência é piorar. Sabemos que a raiz do problema das enchentes vem de longe, pois a ocupação das nossas metrópoles se deu da forma desordenada e ambientalmente irresponsável, contando  muitas vezes com a conivência e endosso de gestores movidos por suas ambições eleitoreiras. Em cidades com a topografia do Rio, repleto de montanhas e encostas, o perigo é ainda maior. 

Acabo de ler que em 1942 municípios brasileiros existem áreas de risco.

Tudo isto posto e considerado, algumas perguntas às autoridades, especialmente a prefeitos e governadores, a quem cabe a responsabilidade maior nesta área, seguem sem resposta há muitas décadas. A saber:

1) Os recursos investidos em saneamento básico têm sido suficientes para evitar as consequências dos temporais?

2) Que percentual do orçamento vem sendo destinado a ações e obras de prevenção de enchentes?

3) O trabalho de desassoreamento de rios e lagoas não é negligenciado?

4) A quantas andam a canalização dos rios, o reflorestamento de áreas próximas a eles, a construção de diques e barragens?

5) As obras nas encostas e demais áreas de risco são monitoradas de forma permanente, ou são deixadas de lado depois que a sociedade e a imprensa dão uma trégua nas cobranças?

Não é preciso nem ser especialista em questões ambientais, para saber que boa parte dos mandatários está longe de fazer o básico para evitar as tragédias que, desgraçadamente, acabam naturalizadas por parcela expressiva da população, uma vez que se tornaram rotina. 

O poeta Caetano diz "gente é para brilhar, não para morrer de fome."

Nem de fome e tampouco afogada ou soterrada.

Basta!

 

 

 

 

 

 

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