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Cidadania

Por Cida de Oliveira, na RBA                                                                                    

Por CUT Nacional                                                                                                            

A opinião pública brasileira, apesar de meses e meses de matérias distorcidas e tendenciosas, não foi convencida pela mídia golpista que o impeachment que destituiu a presidenta Dilma Rousseff, legitimamente eleita com mais de 54 milhões de votos, seguiu regras democráticas.

Para 47,9% dos brasileiros houve um golpe no País, segundo pesquisa do Instituto da Democracia e da Democratização da Comunicação, parte do Programa de Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INTC).

O número dos que consideram que houve um impeachment dentro das regras do jogo democrático é menor (43,5%) do que os registrados no auge da campanha dos jornais conservadores contra Dilma e contra o PT.

As informações são parte de uma pesquisa quantitativa realizada pelo INTC, que é composto por representantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Federal de Brasília (UNB) e foram divulgadas com exclusividade pelo jornal Valor Econômico nesta segunda-feira (7).

Para o cientista político Leonardo Avritzer (UFGM), que coordenou o trabalho, há uma série de eventos que deixaram à luz do dia o caráter do golpe. Ele mencionou, entre outros, a gravação que derrubou o senador Romero Jucá (MDB-RR) do ministério do golpista e ilegítimo Michel Temer (MDB-SP) logo no início da gestão, a descoberta de R$ 51 milhões ilegais no bunker do ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB), a derrocada do senador golpista Aécio Neves (PSDB-MG) após a divulgação de suas conversas com o empresário Joesley Batista e as denúncias contra o próprio Temer apresentadas pela Procuradoria Geral da República (PGR).

“É uma maioria que parece ter sido informada após o afastamento de Dilma”, diz Leonardo.

O levantamento foi realizado entre os dias 15 e 23 de março com 2.500 entrevistas domiciliares em 179 municípios. A margem de erro é de dois pontos.

Realizado antes da prisão do ex-presidente Lula, o levantamento mostrou que também havia divisão em relação à condenação ao petista imposta pelo juiz Sergio Moro e confirmada pelo Tribunal Regional da 4ª Região (TRF4).

#Lula

Mesmo depois do massacre diário da mídia, com mais de 70 horas de programação contrária a Lula, há uma parcela expressiva do país que considera sua condenação injusta: 39,1% (27,6% discordaram muito da condenação e 11,5% discordaram pouco). Outros 45,5% dos consultados afirmaram concordar com a condenação do TRF-4 (30,3% concordaram muito com a condenação e 15,2% concordaram pouco).

 

Por CUT Nacional                                                                                                          

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