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BRF demite 180 trabalhadores

Por CUT Nacional                                                                                                       

 

A BRF, umas das maiores empresas de alimentos do mundo, demitiu neste mês 180 funcionários da unidade de Carambeí, no Paraná. Sem dar qualquer explicação sobre as dispensas, a empresa procurou o sindicato horas antes de demitir seu quadro de profissionais, numa tentativa de apresentar uma proposta de compensação financeira.

“Eles queriam que o sindicato assinasse um documento para dizer que houve negociação prévia. Mas percebemos a armadilha e acionamos o Ministério Público do Trabalho (MPT) para que se posicionasse”, relata o secretário Geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Laticínios, Carnes e Derivados e Rações Balanceadas de Castro, Carambeí e Região (Sintac), Wagner do Nascimento Rodrigues.

Também representante da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Estado do Paraná (Ftia-PR), Wagner explica que houve uma reunião com um procurador do MPT de Ponta Grossa que resultou em um audiência de conciliação que ocorrerá em 16 de fevereiro. “Queremos reverter essas demissões”, afirma o dirigente.

A empresa disse ao sindicato que as duas linhas de corte de frango que foram fechadas têm relação com que eles chamam de “hibernização”. Ou seja, há uma possibilidade de os trabalhos retornarem daqui quatro meses.

Mas, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação (Contac-CUT), Siderlei de Oliveira, rebate. “Sabemos que a BRF está empregando novas pessoas inclusive em cidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, o que é uma contradição. A empresa tem condições de segurar esses trabalhadores neste momento em que ela diz que irá reduzir o abate de frango, mas não quer”, ressalta.

Siderlei e Wagner acreditam que as demissões não têm a ver com a crise econômica em que o país enfrenta.

“Existe oportunismo da empresa que espera o crescimento do mercado. Com a retirada dessas duas linhas irá diminuir a oferta de frango e eles estão fazendo este alinhamento de produção no país inteiro. Não só a BRF, mas as indústrias frigoríficas vão passar a reduzir o número de frangos no mercado interno e externo para que os preços se elevem diante da oferta reduzida”, diz Wagner.

Siderlei defende que a empresa deve pensar na função social. “A indústria não deve pensar apenas em função do lucro que beneficia o patrão e empresários. É preciso observar o transtorno, o desrespeito e o impacto gerado pelo desligamento dos funcionários”, conclui.

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