Ali bin al-Hussein ainda não confirmou se vai concorrer à presidência da FIFA novamente
Os fãs de futebol ao redor do mundo querem que o presidente da Fifa (Federação Internacional de Futebol), Joseph Blatter, saia do cargo o quanto antes e deixe tudo nas mãos da comissão independente de reforma que será criada. É o que acredita o príncipe da Jordânia, Ali bin al-Hussein, que perdeu as eleições para o suíço e diante da renúncia dele está pensando em concorrer ao pleito novamente nas eleições marcadas para 26 de fevereiro.
Blatter já avisou que só sairá do cargo no início de 2016, quando o novo presidente for eleito. "Precisa ser feita com um novo presidente (a reforma na Fifa). Eu não acredito que eles podem fazer isso em um período tão curto de tempo. Também acho que é preciso ter uma força-tarefa real e independente que venha e ajude a implementar soluções para a situação", avaliou Ali bin al-Hussein em entrevista a AFP.
O príncipe jordaniano disse que reformas rápidas são cruciais e que estava confiante de que Blatter, diante de tantos escândalos de corrupção na Fifa com a prisão de tantos dirigentes, poderia deixar o cargo agora. "Acho que ninguém envolvido no caso deve ficar. Eles não podem fazer parte do novo processo. As pessoas têm que assumir a responsabilidade pelo que fizeram e se afastar. Precisamos de novo sangue, novas ideias. Essa é, claramente, a demanda do mundo todo", completou.
A Fifa disse que uma comissão independente será liderada por 10 pessoas. Francois Carrard, ex-diretor geral do Comitê Olímpico, foi indicado, mas ainda não respondeu à proposta. Críticos dizem que a força-tarefa de reforma não terá credibilidade já que os outros membros serão todos nomeados pelas seis confederações que formam a entidade máxima do futebol mundial.
Michel Platini, presidente da Uefa, é considerado o candidato favorito a vencer as eleições para presidência da Fifa, mas Ali bin al-Hussein disse que ele não é a pessoa certa para mudar o mundo do futebol. "As práticas de bastidores e combinação de resultados devem acabar. Tenho muito respeito por ele enquanto jogador e presidente da Uefa. Trabalhei com ele, temos nossas concordâncias e divergências. Não é pessoal, mas não acredito que ele seja a pessoa certa para liderar as mudanças. É preciso ter pessoas jovens e ele tem sido parte do sistema atual", criticou.
Ali bin al-Hussein avisou que ainda não tem certeza se concorrerá novamente à presidência da Fifa. "Honestamente, agora estou apenas conversando com colegas, ouvindo suas opiniões e vendo aonde eles querem que as coisas cheguem. A questão não é sobre quem será o presidente, mas sim sobre ter as pessoas certas para fazer o trabalho", avaliou.