Erro
  • Erro ao carregar arquivo XML
  • http://blogdobepe.com.br/templates/sj_tech/templateDetails.xml
  • XML: failed to load "http://blogdobepe.com.br/templates/sj_tech/templateDetails.xml": No such file or directory

Ele trocou a Petrobras pelo futebol

Fev 01, 2016

Por ESPN                                                      

 

 

Em tempos de crise, um emprego público com estabilidade é o sonho de muitas pessoas. Um jovem, porém, abriu mão de uma carreira com um bom salário na Petrobras para realizar seu sonho de ser jogador de futebol. Quase oito anos depois, ele não se arrepende nem um pouco da escolha.

O meia Thiago Galhardo, atualmente no Red Bull Brasil, lutava desde cedo na cidade de São João del-Rei-MG para estar nos campos. Uma contusão séria no joelho e uma artroscopia no começo de 2008 quase colocou tudo a perder.

"Nesse período eu não tinha noção da gravidade da minha lesão, achei que nunca mais conseguiria jogar, já tinha até desistido. Tinha me formado fazia um ano no ensino médio e não sabia o que fazer. Sempre fui um aluno na média, mas gosto de desafio porque aí a motivação é maior. Meu pai me desafiou: se passasse no concurso ganhava um carro zero. Então eu fui tentar", disse, em entrevista aoESPN.com.br.

"Passei na última vaga do concurso, mas isso não fazia qualquer diferença. Eu era bom de exatas a vida toda, mas não ia bem de humanas, era chato (risos)".

Thiago ficou quatro meses em um curso preparatório da Petrobras para trabalhar nas plataformas dos campos de petróleo do pré-sal. "Ia pefurar a rocha, sabia que tínhamos um caminhão de dinheiro ali embaixo (risos). Íamos ser a primeira equipe a explorar isso", recordou.

As condições eram muito boas, além da estabilidade, a remuneração era mais de 10 salários mínimos, à época de R$ 300. "Ia ser isolador, como um engenherio elétrico. Ia trabalhar 14 por 14 e ia estudar engenharia depois. O dinheiro inicial era muito bom, R$1,5 mil para estudante e R$ 4,5 mil para trabalhar", afirmou.

Uma pausa no curso mudou o rumo de Galhardo. "Estava bem tranquilo com a minha decisão de largar o futebol, mas uma chance mexeu demais comigo. Um amigo do meu pai estava levando um menino para o Bangu e fui junto. Bastou um treino para ser aprovado", garantiu.

Com o convite do time carioca, ele não poderia conciliar as duas profissões e precisou optar entre o certo e o duvidoso.

"Quando assinei contrato no Bangu e saí da Petrobras até chorei porque sabia que depois daquilo estaria abrindo mão de tudo que tinha conquistado. Todos os meus familiares me chamaram de louco, a única pessoa que me apoiou foi a minha mãe. Mas não me arrependo nem um pouco", sentenciou.

"Hoje tornei meu sonho realidade e sempre que tem jogo perto da minha cidade a minha família lota um busão para assistirem. Aquele menino louco conseguiu (risos)", comemorou.

Família de jogadores e músicos

Thiago Galhardo virou profissional no Bangu e depois de ótimas atuações foi para o Botafogo. Logo na sua estreia no clube de General Severiano, ele marcou um belo gol de fora da área diante do América-MG no empate por 1 a 1 em Juiz de Fora.

Ele ainda passou por clubes como Comercial-SP, América-RN, Remo, Cametá e Brasiliense. No Carioca do ano passado foi líder de assistências com oito passes para gol. Atuou no Brasileiro pelo Coritiba antes de chegar ao Red Bull, onde disputará seu primeiro Campeonato paulista. "Eles dão muita estrutura para gente e salário em dia, coisa muito difíicil no Brasil", relatou.

Depois de muita luta, o meia de 26 anos colhe os frutos de sua escolha e principalmente do incentivo que recebeu em casa.

"O mais legal de tudo que o futebol me proporcionou foi dar uma vida mais confortável para minha mãe e ajudá-la a realizar o dela, que era se formar em direito. Ela até passou na segunda fase da OAB. Ela está muto feliz", disse o filho da Dona Valéria.

"Eles largaram tudo em Minas Gerais para virem ao Rio de Janeiro, se endividou toda. A primeira coisa que eu fiz foi limpar o nome dela e ajudar para melhorar a vida dela. É o meu maior orgulho", comemorou.

Seu irmão mais novo, Gabriel, também é jogador de futebol e defende o São José-SP. Os dois atuaram juntos no Bangu e ajudaram a tirar a equipe da zona de rebaixamento e chegar às semifinais do Carioca. Apesar do mesmo sobrenome, ele não tem parentesco com lateral Rafael Galhardo, que atuou no Grêmio na última temporada.

Todo mundo me pergunta se sou irmão dele, eu digo que tenho um irmão chamado Rafael Galhardo, mas que não joga futebol. Ele toca guitarra na banda "Ponto de Equilíbrio", de reggae, sempre que posso acompanho os shows dele. "Ele também vai nos meus jogos, até tem noção de futebol, mas eu para música sou uma negação (risos)", brinca. 

Mídia

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.


Anti-spam: complete the task

Vídeos