Os acordos de cooperação assinados pelos presidentes de Cuba, Miguel Díaz-Canel e da China, Xi Jinping, em Pequim, nesta quarta-feira (08/11), podem colocar o país latino no projeto de investimento internacional chinês da Nova Rota da Seda.
O projeto de infraestrutura proposto pelo governo chinês, que faz alusão à grande rota comercial que ligou o Ocidente ao Oriente durante o desenvolvimento do comércio no mundo moderno, promoverá trocas bilaterais nos setores de comércio, energia, agricultura e da indústria biofarmacêutica.
Após a reunião, os líderes discutiram os documentos do Cinturão Econômico da Rota da Seda e da Rota Marítima da Seda do Século 21, que envolvem uma concessão de um empréstimo chinês que também apoiará a aquisição de equipamentos de construção para os setores de energia renovável e turismo, segundo reportagem da teleSUR.
Além do estreitamento das relações entre Cuba e China, a potência asiática se aproxima das econômicas ocidentais por meio da nova rota desde 2017, quando Jinping anunciou uma injeção de US$ 70 bilhões em investimentos nas áreas de telecomunicação e transportes,.
Após o encontro, o mandatário cubano disse em sua conta pessoal no Twitter que as tratativas "fortalecem a relação" entre os dois países.
Reunião entre Cuba e Vietnã
Após três dias de reunião com autoridades chinesas, Díaz-Canel se reuniu nesta sexta (09/11) com o primeiro-ministro do Vietnã, Nguyen Xuan Phuc, para tratar de relações econômicas entre os dois países.
As trocas comerciais entre Hanói e Havana representam aproximadamente US$ 240 milhões por ano, fazendo do Vietnã o segundo maior parceiro asiático da ilha, depois da China. Os principais produtos são arroz, madeira, café, insumos têxteis, calçados e eletrônicos. Após o encontro, Canel foi homenageado com a Ordem de Ho Chi Minh.
O Vietnã é o quinto país visitado pelo presidente em uma série que incluiu França, Rússia e Coreia do Norte e China.