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Trem sul-coreano cruza fronteira com a Coreia do Norte

Dez 01, 2018

Por Ópera Mundi                                                                                     

 

 

Depois de mais de uma década, um trem sul-coreano cruzou a fronteira com a Coreia do Norte nesta sexta-feira (30/11). Trata-se do primeiro passo na criação de um sistema ferroviário conjunto – o mais recente projeto de cooperação entre as duas Coreias.

A medida é crucial para concretizar o objetivo comum de Pyongyang e Seul de restabelecer conexões ferroviárias entre os dois países e, desta forma, facilitar o transporte transfronteiriço de passageiros e produtos.

"Por meio das ferrovias que serão conectadas numa só, o Sul e o Norte prosperarão juntos, e a paz na Península Coreana vai se solidificar", afirmou o ministro sul-coreano da Unificação, Cho Myoung-gyon, durante uma cerimônia na estação Dorasan, perto da fronteira e de onde o trem partiu.

"Vamos manter uma estreita cooperação com as nações envolvidas para que o projeto de ligação entre as ferrovias do Sul e do Norte possa prosseguir com apoio internacional", disse Cho.

Um trem sul-coreano, com seis vagões, partiu lentamente em direção à estação de Panmun, perto da cidade norte-coreana de Kaesong, onde os vagões serão ligados a uma locomotiva norte-coreana.

De acordo com os planos explicados por Cho, as autoridades coreanas iniciarão a inspeção de uma linha ferroviária de 400 quilômetros entre Kaesong e Sinuiju e que corta a região central do norte e a costa nordeste.

Entre 8 e 17 de dezembro, as Coreias inspecionarão outro trecho ferroviário de 800 quilômetros ao longo da costa leste norte-coreana, que se estende até uma estação próxima da fronteira com a Rússia.

As duas Coreias decidiram iniciar entre o final de novembro e o início de dezembro os trabalhos para modernizar e, eventualmente, ligar as suas redes férreas e viárias, num acordo alcançado nas cúpulas de abril e setembro.

O projeto foi adiado vários meses, depois de o Comando das Nações Unidas na Coreia, liderado pelos Estados Unidos, bloquear o acesso aos materiais necessários para efetuar o estudo de terreno na Coreia do Norte.

O bloqueio pode ser interpretado como um sinal do descontentamento de Washington com uma possível violação das sanções impostas ao regime norte-coreano e a aceleração da cooperação intercoreana, num momento em que as negociações sobre a desnuclearização parecem estar paralisadas.

O projeto pôde começar depois que o Conselho de Segurança da ONU concedeu, há poucos dias, uma isenção sobre as sanções que pesam sobre o regime norte-coreano. Essa isenção permite o envio ao Norte de combustível e de outros materiais para executar o estudo, algo que normalmente é proibido pelas resoluções do Conselho de Segurança.

Também nesta sexta-feira, uma fonte do Ministério da Defesa da Coreia do Sul comunicou que soldados sul-coreanos e norte-coreanos concluíram a retirada de 20 postos de vigilância e de minas terrestres na fronteira. Nos locais, equipes militares vão procurar por restos humanos remanescentes da Guerra da Coreia (1950-1953) – a primeira busca conjunta.

O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, manteve reuniões com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, em vista à melhoria das relações diplomáticas para encerrar as tensões na Península Coreana. Para tal, vários projetos de cooperação foram anunciados, incluindo o plano de sediar de forma conjunta os Jogos Olímpicos de 2032.

 

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