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Na ata de abertura desta sexta-feira (10/10), o Congresso peruano aprovou a destituição da presidente designada da República, Dina Boluarte, por incapacidade moral permanente.
O projeto de resolução legislativa que declara a incapacidade moral permanente da chefe de Estado e, portanto, a sua vacância do cargo foi aprovado por unanimidade com 122 votos.
Boluarte, que foi nomeada presidente do país pelo Congresso em dezembro de 2022, foi afastada do cargo por incapacidade moral permanente por não ter conseguido combater a insegurança dos cidadãos, argumentaram os legisladores.
Sete presidentes peruanos em 10 anos
Minutos após a destituição de Boluarte, ocorreu a cerimônia no Congresso em que José Jerí assumiu a presidência do país sul-americano.
Jerí se torna o sétimo presidente do Peru desde 2016, depois de Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018), Martín Vizcarra (2018-2020), Manuel Merino (2020-2020), Francisco Sagasti (2020-2021), Pedro Castillo (2021-2022) e Boluarte.
Boluarte emite balanço de sua gestão
Boluarte foi convidada a comparecer à sede parlamentar para se defender do pedido de impeachment, porém, recusou-se a comparecer ao plenário, alegando violação do devido processo legal devido ao curto espaço de tempo entre a admissão dos pedidos e a sessão plenária.
Boluarte, agora afastada do cargo, emitiu uma declaração pública na sede do Poder Executivo, acompanhada de seu gabinete de ministros, na qual revisou seu mandato de quase três anos.
“Em todos os momentos, pedi unidade, trabalho em conjunto e luta pelo nosso país”, disse Boluarte, que foi vice-presidente do presidente constitucional Pedro Castillo, que também foi destituído do cargo pelo Congresso em dezembro de 2022.
Pedro Castillo exige restituição
Castillo, que está preso desde dezembro de 2022, acusado de supostos crimes de rebelião, abuso de autoridade e grave perturbação da tranquilidade pública em detrimento do Estado, após sua tentativa de dissolver o parlamento, exigiu a reintegração de seu mandato após a destituição de Boluarte.
“Quando esta vaga for aprovada, também com 104 votos ou mais, surgirá um vácuo de poder, momento em que será necessário revogar a Resolução 001-2022-2023-CR, que me anulou inconstitucionalmente, e, portanto, meu mandato deve ser retomado”, afirmou Castillo.