Casas e edifícios destruídos na Cidade de Gaza / Foto: REUTERS/Mohammed Salem/File Photo
Israel decidiu permitir a abertura da passagem de fronteira de Rafah, entre Gaza e o Egito, e anunciou que manterá o fluxo de ajuda humanitária acordado, revertendo a ameaça de cortar pela metade o envio de suprimentos na Faixa de Gaza. A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (15/10) pela emissora pública israelense Kan, depois que o Hamas entregou novos restos mortais de reféns às autoridades.
Nesta terça-feira (14/10), o governo israelense acusou o Hamas de violar o acordo de cessar-fogo pelo atraso na devolução dos corpos, anunciando a redução da ajuda e o bloqueio da fronteira. Segundo o Hamas, os atrasos ocorrem devido à dificuldade de localizar os locais de sepultamento em meio aos escombros causados por dois anos de conflito.
A decisão de restringir a ajuda humanitária foi comunicada ontem pelo braço militar israelense COGAT (Coordenação das Atividades Governamentais nos Territórios) às Nações Unidas. Até o momento, o Hamas entregou oito corpos à Cruz Vermelha. Três foram identificados por familiares, enquanto o exército israelense afirma que um deles não corresponde a nenhum prisioneiro registrado.
Ajuda humanitária
Organizações como o Conselho Norueguês para Refugiados, a CARE e a Oxfam enfrentam barreiras de registro, impedindo a entrada de seus suprimentos. “Estamos no limbo… As necessidades de uma população que sofre de fome há meses não serão atendidas com alguns caminhões”, disse a conselheira da Oxfam, Bushra Khalidi.
*Com TeleSur