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Maduro diz que Venezuela presidirá Mercosul

Ago 04, 2016

Por Ópera Mundi                  

 

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta quarta-feira (03/08) que seu país exercerá "plenamente" a Presidência temporária do Mercosul, apesar das pressões contrárias de Argentina, Brasil e Paraguai, aos quais se referiu como ”tríplice aliança desprezível".

A tensão em torno do bloco aumentou desde a última sexta-feira (29/07), quando o Uruguai anunciou o fim de seu período na liderança da organização. De acordo com as regras do bloco, a Venezuela deveria assumir a Presidência da entidade pelos próximos seis meses, mas Argentina, Brasil e Argentina se posicionaram contra, alegando que o país passa por problemas políticos e econômicos.

"A Venezuela é respeitada, somos presidente do Mercosul e vamos exercer plenamente, senhores da 'tríplice aliança', afirmou Maduro, em referência a Argentina, Brasil e Paraguai.
“Peço a união dos povos da América do Sul em defesa dos direitos da Venezuela", disse o mandatário durante ato em Caracas transmitido pela televisão estatal do país.
"Bem, 'tríplice aliança', aqui os esperamos, aqui vamos enfrentar e aqui vamos te derrotar", completou.
Segundo a agência Efe, será realizada nesta quinta-feira (04/08), uma reunião na sede do Mercosul em Montevidéu para buscar uma solução para a crise na organização. A Venezuela não participará do encontro, segundo o governo do Paraguai.
Na sexta-feira, após o Uruguai notificar os países-membros a respeito do fim de seu período a frente do bloco, a Venezuela encaminhou nota às chancelarias de Uruguai, Brasil, Paraguai e Argentina informando que, a partir daquela data, assumiria a liderança do Mercosul.
Entretanto, os governos de Brasil, Paraguai e Argentina se manifestaram contra a transferência da Presidência temporária para o governo de Nicolás Maduro.
Os países mantêm divergências quanto à interpretação do protocolo para a transferência do mandato do Mercosul, abordada no Tratado de Assunção e no Protocolo de Ouro Preto (1994).

A orientação que há nos documentos é que "a presidência do Conselho do Mercado Comum será exercida por rotação dos Estados partes, em ordem alfabética, por um período de seis meses".
Enquanto a Venezuela entende que o processo de transição é automático, Paraguai, Brasil e Argentina defendem que haja um consenso entre os Estados, além de um encontro formal para efetuar a passagem.
Nesta terça-feira (03/08), o chanceler brasileiro José Serra disse a jornalistas que Nicolás Maduro “não tem condições” de presidir o Mercosul. Segundo ele, o governo interino do Brasil considera “razoável” a proposta argentina de criação de uma comissão de embaixadores dos países-membros para dirigir o Mercosul “informalmente” até o final do ano, quando deveria acabar o mandato venezuelano e começar o mandato argentino na Presidência rotativa do bloco.
A proposta foi rejeitada por Caracas. De acordo com a chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, “não existem argumentos jurídicos que evitem que a Venezuela assuma a Presidência" do bloco.
Rede de Intelectuais manifesta apoio a Venezuela
A REDH (Rede de Intelectuais e Artistas em Defesa da Humanidade) divulgou, nesta quarta-feira (03/08), uma nota em que manifesta apoio a que o governo venezuelano assuma a Presidência rotativa da Venezuela no Mercosul.
De acordo com o texto, a Venezuela sofre “um ataque da direita regional e internacional”, liderada pelos chanceleres de Brasil, José Serra, e do Paraguai, Eladio Loizaga, acompanhado pela chanceler argentina, Susana Malcorra.
A nota questiona as posições de Brasil, Paraguai e Argentina para rechaçar a liderança venezuelana no bloco, ao lembrar do processo impeachment de Dilma Rousseff no Brasil, da condenação dos camponeses de Curuguaty pelo Paraguai e da prisão, na Argentina, da dirigente social Milagro Sala.
“A direita latino-americana e o imperialismo tentam algo concreto: acabar com o Mercosul tal como está e convertê-lo alinhado às orientações ultraneoliberais predominantes aplicando a essa instituição um golpe de estado como o que lançaram sobre Honduras (2009), Paraguai (2012) e Brasil (2016)”, diz o texto.

 

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