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O desastre da economia é pior no Rio

Jul 17, 2017

Por Fernando Brito                                                                                                                       

Não, não botem tudo na conta da roubalheira de Sérgio Cabral que, afinal, está em cana desde o novembro do ano passado, já lá se vão nove meses.

O que está acontecendo no Rio de Janeiro é o que está acontecendo no Brasil, com dois agravantes: o sofrimento monstruoso imposto aos servidores públicos, sem receber – ou recebendo atrasados e picados –  os seus vencimentos e a paralisia da Petrobras, maior agente econômico do Estado.

Basta olhar o gráfico que publico acima e ler a excelente reportagem de  Cristina Boeckel e Felipe Grandin,  do G1, onde mostram o panorama de desolação de uma das mais tradicionais áreas de comércio do Rio, a Rua da Carioca, onde a modalidade de loja mais encontrada, hoje é a …loja fechada.

Segundo o Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro, 69 lojas fecharam a cada dia de janeiro a maio deste ano no Estado, um total de 2.132. Na cidade do Rio, a situação é ainda pior: mais de 800 delas cerraram as portas em maio de 2017, o triplo do ano já péssimo de 2016.

E sem expectativa de melhora. Um levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito publicado na Folha diz que “dos consumidores que tentaram comprar a prazo em maio, 64% tiveram o pedido rejeitado”.

Em janeiro, é um aumento de 50% em relação ao que a mesma pesquisa registrava como negativa de crédito em janeiro. E isso com a liberação do FGTS inativo tendo permitido que alguns tenham “limpado o nome” nos cadastros de crédito.

Ah, mas os juros caíram e a situação vai melhorar. É? Veja o que diz a mesma matéria da Folha:

Os juros, por sua vez, subiram. O custo médio do crédito pessoal cresceu 3,4 pontos percentuais entre abril e maio, segundo o Banco Central, para 132,6% ao ano. Até a linha para quem busca renegociar dívidas aumentou, dificultando a saída de cadastros de inadimplentes.

Mas o sofrimento das pessoas mais simples raramente é notícia e, quando é, apenas esporádica e minúscula em relação aos parlapatões d”O Mercado”. Semana passada, na filha da “pessoa jurídica” do Banco do Brasil, para tratar de assusntos do blog, vi a desolação de duas moças que, se virando em prestadoras de serviço, tinham feito seu registro como MEI – Microempreendedor Individual – mas se deparavam com uma extorsão: manter a conta bancária custava entre R$ 65 e R$ 100 por mês. Quando reclamaram, o gerente levantou a sobrancelha e falou, baixo: era R$ 5, mas entraram os caras aí…”

Como disse o Chico Buarque, a dor da gente não sai no jornal.

PS. Corrijo, com a devida gratidão ao Francisco, nosso leitor, a frase final: Chico é o cantor, mas não o autor do verso, de Haroldo Barbosa e Luiz Reis, em “Notícia de Jornal”, parte do musical “Gota D’Água”. Para completar meu mea culpa, vai a linda música, abaixo. 

 

 

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