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Agora, onde vão enfiar o pato ?

Jul 21, 2017

Por Bepe Damasco                                                                                                    

 

Pessoas, em geral, de poucas luzes intelectuais, as lideranças empresariais brasileiras jamais foram capazes de formular um miserável projeto de país. Sua rala imaginação não vai além da elaboração de projetos e campanhas para fugir do pagamento de impostos.

A obsessão por uma margem de lucro cada vez maior, custe o que custar, e o corte de pessoal diante do menor sinal de retração dos negócios, são outros traços marcantes dos donos dos meios de produção. O apoio incondicional dado ao projeto de antirreforma trabalhista de Temer revela uma visão burra até a raiz dos cabelos a respeito das relações entre demanda, oferta, salário e consumo.

Só capitalistas medíocres podem deixar escapar o óbvio : com a precarização do trabalho, que vai provocar enormes dificuldades para a obtenção do vínculo empregatício duradouro e formal, os produtos fabricados pela indústria certamente terão menos compradores. Cenário semelhante se avizinha para o comércio e o setor de serviços.

À essa mentalidade tacanha se soma a histórica falta de compromisso democrático de boa parte dos empresários do país, especialmente os encastelados em federações patronais como Fiesp, CNI, Fenaban, Federação Nacional do Comércio e congêneres. Estão sempre prontos a apoiar e financiar aventuras de ruptura da ordem democrática. Foi assim em 1964 e em 2016.

A Fiesp, de Paulo Skaf, além de ter derramado rios de dinheiro para fortalecer os movimentos fascistas que tomaram conta das ruas em favor do golpe parlamentar-midiático-judicial, apelou para jogada marqueteira do pato amarelo, símbolo da indignação do capital com a obrigatoriedade do pagamento de impostos no país campeão em sonegação.

Era preciso banir a praga petista e sua sanha por cobrar impostos para investir no social. A mídia velhaca, porta-voz desses capitalistas que odeiam riscos e preferem mamar nas testas do Estado, dava ampla divulgação à bobagem do impostômetro e reverberava dia sim, outro também o “absurdo da carga tributária petista.”

Mas a chave para entender a motivação da campanha empresarial sórdida para que a Constituição da República fosse rasgada está na questão ideológica. Só mentes turvadas pelo reacionarismo mais empedernido e por convicções preconceituosas de direita podem conceber a derrubada inconstitucional de um governo no qual eles, os empregadores, ganharam dinheiro como em poucos períodos da história.

Nos governos Lula e Dilma, foram criados mais de 20 milhões de empregos, a economia estava aquecida e o mercado interno puxava a locomotiva do crescimento. Não custa lembrar que, em 2010, o Brasil registrou crescimento do PIB de padrão chinês – 7,5%. No fim do primeiro governo Dilma, em dezembro de 2014, atingimos praticamente o pleno emprego, com 4,2% de desempregados apenas.

Hoje, com o país arruinado pelos golpistas, o governo ilegítimo anuncia o supertarifaço dos combustíveis, com a alíquota do PIS-Cofins aumentando em mais de 100%. Embora a Fiesp tenha emitido uma nota adocicada tímida e envergonhada criticando a medida, a pergunta que não quer calar é : onde os endinheirados que patrocinaram o golpe pretendem enfiar o pato ?

 

 

 

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