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Livrar o país da Lava Jato requer guerra de longa duração

Jun 13, 2019

Por Bepe Damasco                                                                                        

No campo da esquerda, é difícil encontrar alguém que não demonstre um sentimento de ansiedade galopante diante dos últimos acontecimentos que deixaram à deriva a Lava Jato e expuseram à execração pública seus dois líderes, Moro e Dallagnol.  

Quando o The Intercept divulgará novas denúncias? Por que o jornalista Glenn Greenwald  não acelera o ritmo da veiculação de seu enorme acervo?  Lula será solto quando, hoje, amanhã ou depois de amanhã? Por que os processos contra o ex-presidente, manchados irremediavelmente pelo conluio entre o juiz e os procuradores, não são imediatamente anulados? Se as eleições de 2018 foram fraudadas pela Lava Jato, por que não são anuladas o mais rápido possível?

Essas indagações impregnadas de angústia, que partem de quem quer ver restabelecido o quanto antes o estado democrático de direito, são absolutamente compreensíveis e refletem o clamor por justiça entalado na garganta desde o golpe parlamentar-midiático-judicial que apeou Dilma Rousseff, presidente da República legitimamente eleita, do governo.

Vale destacar que as revelações chocantes feitas por Greenwald, um conceituado e premiado jornalista e advogado norte-americano, coloca pela primeira vez em três anos os golpistas, a direita e a extrema-direita bolsonarista no corner, aturdidos com a perda da iniciativa política.

Contudo, se é verdade que a história mostra que o nosso país é pródigo em episódios que num estalar de dedos tiveram o condão de mudar a conjuntura política de ponta a cabeça, também não podemos perder de vista a força que detém os adversários da democracia.

Primeiro porque estão todos atolados de lama até o pescoço mercê da aposta que fizeram na Lava Jato. A postagem no twitter do general Villas  Boas hipotecando irrestrito apoio a Moro só reafirma a disposição da caserna de defender sobre pau e pedra seu enorme naco de poder no governo do capitão nazista, no qual se locupletam com boquinhas e sinecuras.

Depois do silêncio cúmplice diante do golpe de 2016, os fardados viram na Lava Jato uma oportunidade de ouro para  dar vazão ao seu antipetismo. Daí a pressão descabida e ilegal de Villas Boas sobre o Supremo na véspera da votação do HC de Lula. Como abandonaram quaisquer resquícios de nacionalismo e abraçaram o entreguismo lesa-pátria à la Paulo Guedes, os militares de sentem hoje à vontade ideologicamente no governo Bolsonaro.

E a Globo? Essa morre abraçada  à Lava Jato, mas não tem como dela se desvencilhar. A Globo está longe de ser uma mera parceira eventual da Lava Jato. A empresa dos Marinho é sócia e cúmplice  de tudo que a famigerada operação representa para o país em termos de perseguição a adversários políticos como Lula, de violação à Constituição e de afronta ao Código Penal e ao Código de Processo Penal.

As digitais da Globo estão marcadas profundamente em outra consequência nefasta da ação dos procuradores e juízes do Paraná: o fechamento de mais de 300 mil postos diretos de trabalho, com a destruição da engenharia nacional e do setor de óleo e gás.

 Portanto, das Organizações Globo pode-se esperar toda sorte de manobras, patifarias, canalhices e ações à margem da lei para tentar impedir o naufrágio de seus comparsas.

A perfilar-se na trincheira lavajateana, na luta desesperada para tentar salvar um mínimo de reputação, temos ainda boa parte do Ministério Público, do Judiciário e da Polícia Federal, todos acumpliciados com Moro e Dallagnol desde que o Tribunal da Santa Inquisição surgiu em 2014.

 Aqui, vale lembrar que uma provável saída de Lula da cadeia, assim que for decidida a suspeição de Moro, significará apenas um passo, importante sem dúvida, na  árdua caminhada que se avizinha para manter o maior líder de massas do país a salvo das garras dos verdugos do regime democrático que povoam o sistema criminal de justiça. A caçada a Lula gerou um dezena de processos contra ele.

A resistência desses atores poderosos, que atuam de forma articulada e têm muito a perder com o desmoronamento dos pilares da Lava Jato, indica que uma batalha democrática encarniçada e de longa duração ainda terá que ser travada até que o país se veja livre dessa excrescência. Tudo indica que temos uma Estalingrado pela frente.

 

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