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Rio faz contagem regressiva para mandar o Bispo de volta ao púlpito

Out 04, 2020

Por Bepe Damasco 

“Com Deus, pela família, pelo Rio”. Este é o nome da coligação do candidato à reeleição Marcelo Crivella. De claro teor protofascista, tem como inspiração o lema do governo Bolsonaro – “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos."

Mas, a julgar pela recente pesquisa do Ibope, tudo indica que o Bispo neopentecostal logo terá um local mais apropriado para tratar de assuntos não terrenos e invocar o nome de Deus, além de manipular economicamente a fé das pessoas: o púlpito da Igreja Universal do Reino de Deus.

A gestão de Crivella há de ser estudada no futuro como um pesadelo sem igual vivido pelos cariocas, como uma praga que se abateu sobre a outrora Cidade Maravilhosa, como uma era de trevas que fez do município mais cosmopolita e libertário do país um laboratório de testes para o que há de mais negativo e nefasto na política.

Levo a sério o fundamento constitucional iluminista da presunção de inocência até a condenação definitiva do acusado. Contudo, são fortes as evidências de que corrupção e a roubalheira, lideradas e protagonizadas pelo Bispo, correram soltas na sua gestão. Sempre em nome de Deus.

Segundo o Ministério Público, o empresário Rafael Alves, sem ocupar nenhum cargo no município, operava em nome de Crivella um gigantesco esquema de corrupção, peculato, fraude, licitação e lavagem de dinheiro, patranha que ficou conhecida como “QG da propina.”

Há décadas atrás, ninguém poderia imaginar que o princípio republicano do Estado laico um dia seria tão espezinhado como na passagem de Crivella pela prefeitura do Rio.

De ações para intimidar e impedir o trabalho da imprensa ao tráfico de influência explícito, para priorizar o tratamento de saúde dos irmãos de fé, passando pela sabotagem da maior festa popular do mundo, o carnaval, o prefeito só faltou erguer em frente à sede da prefeitura um monumento à burrice e ao obscurantismo.

Com o atraso sistemático no pagamento dos salários dos trabalhadores da saúde, demissões em massa e redução drástica do orçamento, Crivella, o candidato que prometera “cuidar das pessoas”, transformou em calvário a vida de milhões de cariocas que demandam atendimento de saúde. A pandemia do novo coronavírus evidenciou de forma mórbida o sucateamento das unidades de saúde da prefeitura.

Embora tenha brindado os vereadores com uma farra de cargos e verbas públicas para derrotar os cinco processos de impeachment contra ele na Câmara, Crivella segue como um morto-vivo, um zumbi à frente do Executivo.

É o que indica o resultado obtido pelo alcaide no Ibope, onde aparece com míseros 12% das intenções de voto. Em que pese tenha a máquina e a caneta na mão, além do apoio do capitão nazi, ele dificilmente deixará der ser ultrapassado por Benedita da Silva, que tem mais chances de chegar porque tem militância e partido, ou Marta Rocha.

Entretanto, se tudo der errado para os democratas, e Crivella chegar ao segundo turno, um massacre, tipo 65% a 35%, se anuncia para o Bispo contra Eduardo Paes na rodada final.

Sei que  muitos me recomendarão cautela, devido ao apoio que o prefeito tem de Bolsonaro. Tudo bem, em eleição tudo pode acontecer. Mas que o Bispo caminha para voltar ao púlpito, ah, isso caminha. A estátua do Cristo Redentor já começa a tremer de felicidade.

                                                                                                               

 

 

 

 

 

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