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‘O que mais mata os brasileiros é a desigualdade’, diz Vecina

Abr 14, 2022

Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual                                                                              

 

Foto: Pedro França/Agência Senado

“A economia do Brasil sobreviveu matando 660 mil brasileiros. Se é para isso que temos um país, estamos muito errados. Mas não estamos pensando muito nisso”, disse o professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP) Gonzalo Vecina Neto em seminário realizado na tarde de hoje (13) pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) para discutir uma agenda de saúde para entregar aos candidatos à Presidência da República e ao Congresso Nacional.

O sanitarista defendeu que a perspectiva do enfrentamento às desigualdades esteja no centro do debate sobre um modelo alternativo para a economia na definição de propostas para a saúde pública do Brasil. “Quando estamos discutindo o SUS e as contribuições que essa crise trouxe para a nossa realidade (verificamos) que o que mais mata os brasileiros é a desigualdade. E que a coisa mais importante para combater a crise sanitária é o SUS. E dessas duas coisas, eu tenho certeza, nós vamos nos esquecer amanhã”, disse.

“Sem renda e com fome”

A necessidade de o país priorizar o combate à desigualdade também foi alertado pelo pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Carlos Gadelha, comentando a crescente piora do país nos índices gerais relacionados à pobreza. “Precisamos reconstruir a economia. Temos 120 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar e 20 milhões de pessoas passando fome. Vamos reconstruir uma nova economia nacional, com bem estar e a sustentabilidade sendo fator central. Que a direcione para o crescimento do PIB, que permita fechar as contas e aumentar receita pública para aumentar o investimento em saúde.”

A professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e secretária regional fluminense da SBPC, Ligia Bahia, conduziu o debate, que contou ainda com a participação de Rosana Teresa Onocko Campos, presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e o epidemiologista Romulo Paes, especialista em avaliação de políticas públicas da Universidade de Minas Gerais (UFMG).

Lígia criticou o fato de a pandemia que matou mais de 660 mil pessoas no Brasil não venha tendo o destaque merecido em campanhas eleitorais de forma geral. “Não teve nos Estados Unidos, não teve no Chile. E não podemos deixar que isso aconteça no Brasil. Temos de falar da pandemia. Não podemos deixar isso passar em branco. Foram 670 mil mortes. E tem uma série de discussões importantes. As eleições estão se polarizando em torno de questões como a guerra e costumes, mas não têm a saúde no centro”.

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