Foto: Ricardo Stuckert
Você aprecia falas inteligentes, com conteúdo político e jurídico, além de temperadas com doses de ironia e sarcasmo? Se a resposta for sim, então não pode perder a sabatina do ministro Flávio Dino, no Senado, marcada para 13 de dezembro.
Caso o amigo ou amiga goste de dar boas gargalhadas diante de um debate entre um quadro político culto e preparado, de um lado, e uma pequena turba que destila desinformação, intolerância e burrice por todos os poros, de outro, então, mais um motivo para ficar ligado na telinha no dia 13.
É provável que o agora indicado pelo presidente Lula para a vaga da ministra Rosa Weber no STF adote um tom mais ameno e conciliador na sabatina, se comparado com as ocasiões em que compareceu a comissões do Congresso Nacional, quando nocauteou deputados e senadores da oposição, provocando até a sensação de vergonha alheia.
Decerto, Dino pautará sua conduta pelo objetivo pragmático de conquistar o maior número possível de votos entre os 81 senadores. No entanto, como ataques sujos e acusações com base em fake news fazem parte do DNA bolsonarista, aposto que Dino rechaçará investidas levianas e não deixará ofensas sem respostas.
Outra coisa: não que eu tenha alguma esperança de que alguns comentaristas de política da mídia corporativa, como Demétrio Magnoli da GloboNews, deixem de brigar com fatos e distorcer a realidade ao questionarem o saber jurídico de Dino, mas vale chamar a atenção para o currículo do futuro ministro do Supremo: juiz federal (presidiu a Ajufe - Associação dos Juízes Federais), professor de Direito Constitucional da Universidade Federal do Maranhão e da Universidade de Brasília, deputado federal, governador do Maranhão por dois mandatos, senador da República eleito e ministro da Justiça e da Segurança Pública.
Não só ministros do STF, seus futuros pares, mas juízes de vários outros tribunais, juristas e operadores do direito em geral saudaram a indicação de Flávio Dino, enfatizando seu conhecimento jurídico, compromisso democrático e consistência intelectual.
Além de todos os motivos que levaram o presidente Lula a escolher Dino, uma ação política desastrada da oposição bolsonarista, com o apoio da imprensa, merece registro.
Uma reportagem abjeta do jornal o Estado de São Paulo para atingir Dino, inventando a existência da "dama do tráfico", e que foi fortemente reverberada nas redes sociais bolsonaristas e nos veículos da mídia corporativa, acabou tendo efeito bumerangue fortalecendo ainda mais o nome do ministro.
A democracia brasileira agradece.