Erro
  • Erro ao carregar arquivo XML
  • http://blogdobepe.com.br/templates/sj_tech/templateDetails.xml
  • XML: failed to load "http://blogdobepe.com.br/templates/sj_tech/templateDetails.xml": No such file or directory

Bolsonaro réu

Mar 27, 2025

Por O Cafezinho                                                                                                           

 

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quarta-feira, 26, o julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete investigados por supostos crimes relacionados aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

A sessão representa a continuidade do processo iniciado na terça-feira (25), quando os ministros rejeitaram, por unanimidade, as preliminares apresentadas pelas defesas.

A denúncia da PGR foi protocolada em fevereiro e atribui aos acusados cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Se a acusação for acolhida, os denunciados passarão à condição de réus e responderão a ação penal no STF.

Além de Bolsonaro, foram denunciados o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o general da reserva Augusto Heleno, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e o general da reserva Walter Braga Netto.

Os questionamentos incluíam alegações de que o STF não teria competência para julgar os casos, apontavam suspeição do relator, ministro Alexandre de Moraes, e mencionavam supostas irregularidades no curso da investigação, como cerceamento de defesa e nulidades relacionadas à delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.

O único voto divergente registrado foi do ministro Luiz Fux, que defendeu a análise da denúncia pelo plenário do Supremo. Fux argumentou que, em função da relevância institucional do caso, a decisão deveria ser tomada por todos os integrantes da Corte.

Os demais ministros da Primeira Turma, no entanto, mantiveram o entendimento de que a turma é competente para deliberar sobre a admissibilidade da denúncia, conforme o regimento interno do STF.

O objetivo do processo é a formação de um conjunto probatório que permita aos ministros avaliar se há elementos suficientes para a condenação ou absolvição dos acusados.

Encerrada a instrução, o caso será levado novamente à apreciação da Primeira Turma do STF, que julgará o mérito da ação penal. Em caso de condenação, os ministros fixarão as sanções aplicáveis conforme a legislação penal. As decisões, no entanto, ainda poderão ser objeto de recursos por parte das defesas, que poderão apresentar embargos de declaração ou apelações.

A tramitação do processo ocorre em meio a uma série de investigações abertas pelo Supremo e pela Polícia Federal envolvendo a cúpula do governo anterior.

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, tem conduzido a instrução dos inquéritos vinculados aos atos de 8 de janeiro.

A PGR sustenta que houve uma tentativa organizada de subverter o processo democrático por meio da disseminação de discursos golpistas, estímulo a atos de violência e uso de estruturas estatais e militares para frustrar a posse e o exercício do mandato do presidente eleito.

A decisão da Primeira Turma sobre o recebimento da denúncia pode influenciar o desfecho de outras investigações em curso, especialmente aquelas que envolvem autoridades com foro por prerrogativa de função.

A sessão desta quarta-feira será conduzida pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Luiz Fux, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino.

O quórum completo da turma é necessário para o prosseguimento do julgamento, que poderá se estender nos próximos dias, a depender da complexidade dos votos e eventuais pedidos de vista.

Com o avanço da análise, a Corte definirá se os indícios apresentados pela PGR são suficientes para instaurar a ação penal contra os denunciados. O processo segue acompanhado de perto por órgãos institucionais, observadores internacionais e representantes da sociedade civil.

Mídia

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.


Anti-spam: complete the task

Vídeos