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Governo do RS recebe verbas federais, mas não as usa para prevenir enchentes desde 2012

Jun 24, 2025

Por Camila Bezerra, no GGN                                                                                         

 

Imagem aérea de Venâncio Aires (RS), em 2024. Foto: reprodução

O Ministério Público Federal apontou que desde 2012 o governo do Rio Grande do Sul não aplica as verbas federais recebidas para prevenir enchentes. “É a governança, não tempo, o empecilho maior ao êxito no atendimento à população”, afirmou o procurador da República Celso Tres, em documento.

Em 2012, o governo federal cumpriu a Constituição, que determina que cabe ao Executivo Federal planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações, assim como zelar pela devida aplicação.

Naquele ano, foram destinados R$ 10 milhões ao governo gaúcho, para o desenvolvimento de estudos e projetos sobre a gestão de risco “na bacia hidrográfica do rio dos Sinos, desde sempre flagelada com inundações”.

Mas, até o momento, foi feita apenas a concepção do anteprojeto. O estudo sobre o impacto ambiental ou qualquer obra de contenção não foram iniciados.

O procurador ressalta ainda que os trabalhos técnicos da Comitesinos, patrocinados pela Petrobrás, não foram aproveitados.

Ainda em 2012, o Planalto aportou R$ 15 milhões para estudos sobre a bacia do rio Gravataí, além de R$ 5 milhões para pesquisas sobre o rio Jacuí. Mas os projetos, apesar das reiteradas cobranças do MPF, seguem paralisados.

Dinheiro parado

O MPF apontou ainda que nem mesmo a tragédia de maio de 2024, quando mais de 200 pessoas morreram e 581 mil pessoas ficaram desalojadas no estado em decorrência das inundações, fizeram com que o governo do Rio Grande do Sul tomasse providências concretas contra o problema ambiental.

De acordo com matéria do Matinal Jornalismo, o governo gaúcho informou possuir R$ 6,5 bilhões, valor reservado para obras de proteção contra enchentes.

No entanto, o montante está parado, enquanto o executivo estadual solucitou a liberação de mais R$ 3 bilhões, sem apresentar justificativas para a demora da apresentação de projetos com a necessidade de diretrizes da Casa Civil.

Até o momento, o Rio Grande do Sul recebeu:

R$ 12 bilhões via Medida Provisória nº 1.218/24;
R$ 6,5 bilhões via Medida Provisória 1.282/24;
isenção R$ 12 bilhões de juros da dívida do Estado/RS com a União;
suspensão da dívida até 2027.
“No total, somadas as diversas rubricas, segundo Ministro da Casa Civil Rui Costa em solenidade no Estado/RS, janeiro deste 2025, ultrapassou R$ 81 bilhões”, continua o procurador em documento.

Além da falta de estudos e projetos para prevenir enchentes, o governo estadual decidiu delegar aos municípios a formulação de tais materiais. “A medida não encontra devida adequação aos princípios constitucionais da legalidade, economicidade, eficiência e eficácia. Os rios em questão são de titularidade do Estado/RS, não pertencendo aos municípios, muito menos à União”, pontua Celso Tres.

Enquanto o governo estadual não toma providências e repassa a própria responsabilidade aos municípios, o povo gaúcho acumula novos prejuízos. Nos últimos dias, a chuva desalojou mais 5.958 pessoas e deixou outras 1.332 desabrigadas.

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