A resistência aos ataques do governo golpista, que corre para entregar o quanto antes o pré-sal para as empresas estrangeiras, deu o tom da VI Plenária da Federação Única dos Petroleiros, que acontece na cidade de Campos, no Norte Fluminense, de 7 a 9 de julho.
A entrega do pré-sal às multinacionais do petróleo ganhou avançou algumas casas na última quinta-feira, quando a comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou o projeto que acaba com o regime de partilha. A matéria gora segue para o plenário.
Na cerimônia de abertura da Plenafup, o presidente da CUT-RJ, Marcelo Rodrigues, esclareceu a posição da central sobre a proposta de plebiscito para a antecipar a eleição presidencial. "A Executiva Nacional da CUT divulgou uma nota oficial, na qual deixa claro que a central não apoia esse tipo de plebiscito, mas que apoiará todas as iniciativas da presidenta Dilma visando derrotar os golpistas."
Marcelinho não poupou críticas ao senador José Serra, atual ministro golpista das Relações Exteriores, mentor do projeto de entrega do pré-sal, ao reafirmar que a central irá às últimas consequências na luta contra o projeto e que não descansará até que senador "seja atirado à lata do lixo da história."
Também falando em nome da CUT-RJ, a secretária-geral Keila Machado citou os efeitos nefastos da privatização na sua categoria, a de Telecomunicações, para condenar as políticas voltadas para a dilapidação do patrimônio público : " As privatizações não são boas nem para os trabalhadores nem para a sociedade que consome os serviços."
Já o coordenador da FUP, José Maria Rangel, apontou como essencial para o sucesso da luta em defesa da Petrobras que os trabalhadores da empresa entendam o que está em jogo.
- A verdade é que se não fossem os governos do PT, a Petrobras já teria deixado de existir. Antes, tentaram mudar o nome da empresa para Petrobrax e a dividiram em unidades de negócio. O caminho estava preparado para vender a empresa. Vamos enfrentar com cada vez mais força a tentativa de Pedro Parente de se comunicar direto com os petroleiros, dizendo que está tentando salvar a Petrobras dos estragos causados pelo PT. Logo ele que deu um prejuízo de mais de 1 bilhão de reais à Petrobras - denunciou José Maria.
Na sexta-feira, 8, o deputado federal Wadhi Damous (PT-RJ) discorreu sobre a gravidade do momento atual, destacando a natureza diferenciada do golpe de 2016 em comparação aos do passado : "Hoje o golpe não precisa de canhões nas ruas e de baionetas apontadas para o peito do povo. Ele acontece no parlamento, apoiado pelo Ministério Público, pelo STF e pela Polícia Federal e é sustentado pelo monopólio da mídia, comandado pela maior máfia brasileira, a Rede Globo."