Foto: Ricardo Stuckert
Até mesmo a pesquisa Genial/Quaest aponta a vitória de Lula no primeiro turno. O resultado desse levantamento acaba tendo relevância especial porque o Quaest, como já comentamos aqui, utiliza em sua metodologia uma proporção de pobres (até dois salários mínimos) inferior ao do Ipec e do Datafolha. Daí vir apresentando intenção de votos menor em Lula.
Cresce, portanto, a expectativa de que “a boca do jacaré” se abra ainda mais nos últimos dias, levando Lula a liquidar a fatura no próximo domingo. Mesmo a burguesia industrial e financeira do país parece ter se rendido a esta evidência, dado o grande número de megaempresários que estiveram reunidos com Lula ontem em São Paulo.
Contudo, como não se enfrenta um adversário qualquer em uma disputa democrática, mas sim a bandidagem fascista, todo cuidado é pouco na reta final. É preciso guiar o veículo na ponta dos dedos, com máxima cautela, até a chegada ao destino.
Um alerta feito pelo experiente cientista político Antônio Lavareda, atualmente diretor do Ipespe, chama atenção: ele aponta o grave risco de o bolsonarismo apelar para pesquisas fakes de boca de urna (e até de véspera, acrescento eu) como elemento detonador da não aceitação do resultado por parte de Bolsonaro.
Aliás, essa armação já está em curso de forma parcial pelo suspeitíssimo Paraná Pesquisas, que insiste em indicar empate técnico, ou no modo desabrido e escancarado, através de uma excrescência chamada Brasmarket, que teve o atrevimento de divulgar pesquisa de sua autoria, na semana passada, com Bolsonaro bem à frente de Lula.
Certamente outros levantamentos fraudulentos inundarão as redes sociais neste fim de semana. Não podemos morder essa isca golpista. Para isso, não se deve comentar (nem que seja para criticar e denunciar), e muito menos compartilhar, este tipo de pesquisa criminosa, pois acaba gerando engajamento nas redes, amplificando seu alcance. O negócio é ignorá-las completamente.
Venceremos.
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A “boquinha” de Ciro
Na opinião do ex-senador cearence Eunício de Oliveira, o rompimento de Ciro Gomes com os irmãos Cid Gomes (senador) e Ivo Gomes (prefeito de Sobral) é pura jogo de cena, embora Ciro tenha dito que levou uma “facada poderosa.” Para Eunício, Ciro, depois da acachapante derrota nacional, vai tentar uma “boquinha” no futuro governo de Elmano, do PT, ”via Cid e via Camilo.” Tem tudo, porém, para dar com os burros n’água.
Olha a onda aí
Em apenas um dia duas declarações de voto em Lula chamaram atenção. A do ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, conhecido antipetista, haja vista sua atuação como carrasco do partido no processo de mensalão, e a do economista André Lara Resende, ligado ao PSDB, e um dos pais do Plano Real. Não que eles tenham voto, mas suas adesões mostram a força da onda Lula de última hora.
Campeão da burrice
Não se podia mesmo esperar nada de um canalha como Bolsonaro em campanha eleitoral, além de agressões e ofensas ao seu adversário que lidera todas as pesquisas e marcha para vencer a eleição no primeiro turno. Claro que está longe da compreensão de Bolsonaro a necessidade mínima de falar em programas, propostas e projetos. Mas o energúmeno só sabe xingar Lula o tempo todo, chamando-o de ladrão. Ela sabe que isso não traz nenhum retorno eleitoral, mas insiste. Vai ser burro assim no inferno.
Utilidade pública
Até gente com bom nível de informação se confunde em relação à exigência do titulo de eleitor para exercer o direito do voto. Além do título de eleitor (em meio físico ou digital, mas caso o e-título esteja sem foto, é necessária a apresentação de outro documento oficial com foto), também é permitido votar com carteira de identidade (RG), identidade social, passaporte, carteira da categoria profissional reconhecida por lei, certificado de reservista, carteira de habilitação e carteira de trabalho.