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Educadores debatem alimentação saudável

Por MST                                                       

 

Alimentação saudável é foco de debate em seminário de formação na Bahia. Realizado pelo setor de educação, o espaço colocou a necessidade de discutir a atual crise alimentar existente no campo e nas cidades do país. Além disso, debateram o fortalecimento da campanha contra os agrotóxicos, tendo a agroecologia como horizonte de transformação.


O 2º Seminário de Formação da Brigada Elias Gonçalves de Moura contou com a participação de 80 educadores e educadoras da Reforma Agrária e ocorreu no sábado (03), no Pré Assentamento Irmã Dorothy, em Eunápolis, Extremo Sul da Bahia. O espaço que mobilizou o setor de educação junto com as escolas do campo, teve como tema: “Alimentação Saudável: Um direito de todos!”


No período da manhã, os participantes estudaram os fundamentos da agroecologia, a concepção de agricultura familiar e a construção das experiências em torno da soberania alimentar pela Escola Municipal Caminho da Esperança.


Em seguida, representantes da Escola Estrela do Chê realizaram uma analise da 3ª edição do livro “Agroecologia: base científica para uma agricultura sustentável”, onde foi ressaltado a influência que as grandes empresas, o latifundiário e a burguesia têm sobre modo de produção brasileiro.


Educação e alimentação saudável


Para os educadores, não dá para falar de alimentação saudável sem debater o patrimônio alimentar e a geração de renda para os pequenos agricultores, pois o modelo de produção do agronegócio visa somente a geração de renda ao capital e não garante boa alimentação à população.


De acordo com Jazian Mota, da direção estadual do MST, a lógica de produção do agronegócio tem provocado grandes danos sócio, econômico, cultural e ambiental à região.


“Diante disso, só a agricultura camponesa poderá dá resposta eficaz ao dilema da crise alimentar e ambiental no planeta. São os camponeses que atualmente produz mais de 70% dos alimentos que vão para a mesa dos brasileiros e isso precisa ser levado em consideração”.


Contra os agrotóxicos e pela vida


As iniciativas em torno deste tema se fortaleceram, a partir de 2010 na região, com a campanha de erradicação de agrotóxicos, “Extremo Sul pela vida! Agrotóxico zero!”.


Desde então, a campanha vem realizando diversas iniciativas de formação e implantação de projetos para se contrapor ao modelo capitalista de produção.


Ao final, os educadores concluíram que pensar em soberania alimentar e alimentos de qualidade às famílias e futuras gerações, significa pensar na construção da agroecologia como modelo de enfrentamento e combate ao modelo de produção das empresas e dos latifundiários.

 

 

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