A CUT (Central única dos Trabalhadores) celebra junto aos militantes, estudantes, intelectuais e ao movimento negro a implantação das cotas raciais na USP (Universidade de São Paulo), aprovada nesta terça-feira (04) pelo Conselho Universitário da Universidade d e São Paulo. A sessão durou mais de seis horas e, pela primeira vez na história, a USP reservará metade de suas vagas para estudantes negros e negras já no vestibular de 2018.
Essa conquista é resultado de longo trabalho, esforço e resistência dos movimentos negros, e a CUT sempre esteve nessa discussão de implantação de políticas afirmativas para essa população como reparação histórica.
Num momento de desmonte na educação promovido por um governo usurpador de direitos, é importante essa vitória. Entretanto, a luta por universidade pública de qualidade e mais democrática continua.
É preciso, também, acompanhar quais serão os mecanismos de controle social e como as cotas raciais serão implantadas na USP, pois o racismo sempre cria barreiras que criam o mito da “meritocracia”. Assim como a USP, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aprovou, por unanimidade, no mês de maio, a inclusão de cotas raciais para negros, pardos e indígenas.
A discussão sobre as cotas não termina e o combate ao racismo institucional das universidades continua.
Secretaria-Geral da CUT
Secretaria Nacional de Combate ao Racismo da CUT