As mulheres continuam a ocupar a menor fatia do mercado de trabalho brasileiro, apesar de formarem a maioria da população em idade de trabalhar, segundo dados da PNAD, divulgada na sexta-feira (23) pelo IBGE.
No 4º trimestre de 2017, o percentual de mulheres em idade de trabalhar era de 52,4% em todo o país, mas apenas 45,4% estavam entre a população ocupada e 50,7% entre a desocupada.
Para a CUT, esses dados são apenas um dos reflexos da crise econômica instalada no país depois do golpe que destituiu a presidenta Dilma Rousseff e colocou um grupo de corruptos e oportunistas no poder.
“Eles têm destruído todas as políticas implementadas pelos governos Lula e Dilma, entre elas investimentos pesados para geração de emprego que incluíram milhões de pessoas, em especial as mulheres e os jovens”, afirma Junéia Batista, secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT.
“As políticas de Temer, melhor dizendo, a falta de políticas dos golpistas, aumentaram o desemprego em todos os setores e, com isso, aumentou o processo de exclusão das mulheres que, em sua maioria, já se encontram nas ocupações mais precárias, informais, sem direitos e sem condições de trabalho”, diz a secretária.
Junéia alerta que como muitas mulheres são chefes de família, as únicas responsáveis pelo sustento dos filhos e filhas, o desemprego prolongado vai aumentar o empobrecimento e a exclusão social de milhares de famílias.
“Em momentos de crise as mulheres são as principais vítimas e neste momento em que vivemos um estado de exceção, destruição de direitos e investidas contra as mulheres por este desgoverno, só nos resta a resistência e a luta contra o imenso retrocesso trabalhista e social patrocinado pelos golpistas”, conclui a secretaria da Mulher da CUT.