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Vazamento de óleo em Candeias expõe desastre da política da Petrobras

Por CUT Nacional                                                                                        

 

O vazamento de óleo cru com água produzida, proveniente da estação coletora de Pedra Branca da Petrobrás, na UO-BA, no sábado, 09/06, causou danos ambientais ao atingir o rio São Paulo, o manguezal e a fauna, localizados no município de Candeias.

A denúncia foi feita por pescadores e marisqueiras da região que detectaram a chegada do óleo ao rio e manguezal. De acordo com matéria publicada no jornal A Tarde (11/06), eles temem que a maré leve o óleo para outros locais como a Ilha de Maré, afetando também as comunidades de Madre de Deus e Candeias.

Os diretores do Sindipetro Bahia Gilson Sampaio, Jairo Batista e João Marcos foram ao local do vazamento. Eles culpam a atual gestão da Petrobrás pelo acidente ambiental.

A área onde aconteceu o acidente funcionava em regime de turno ininterrupto (24 horas) com operadores próprios. Após o desligamento em massa desses trabalhadores, a unidade passou a ser operada por empresas terceirizadas em regime de sobreaviso de 12 horas. Com isso, houve a redução e precarização da mão de obra e problemas na manutenção dos dutos.

“O trabalhador próprio da Petrobrás é treinado, tem qualificação para atuar em áreas como essas, por isso, uma atividade fim não deve ser terceirizada”, denunciam os diretores do sindicato, que acreditam ainda que a redução do efetivo mínimo também tem contribuído para os acidentes e incidentes, que se intensificaram em várias unidades da Petrobrás.

A diretoria do Sindipetro Bahia vai continuar acompanhando o desenrolar dos acontecimentos e o trabalho de contenção do óleo já iniciado pelos técnicos da Petrobrás, através do CDA (Centro de Defesa Ambiental).

O sindicato já está agendando reunião com o gerente da OP-CAN para pedir esclarecimentos e tratar sobre a situação.

 

 

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