Foto: Roberto Parizotti (Sapão)
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) , que mede a inflação no Brasil, fechou o mês de março com alta de 0,71%, ante um avanço de 0,84% em fevereiro – uma diferença de 0,13%, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta terça-feira (11). A taxa acumulada no ano ficou em 2,09%.
Nos últimos 12 meses, a inflação de 4,65% teve o menor nível desde janeiro de 2021, quando o índice estava em 4,56%. Nos 12 meses anteriores, a inflação chegou a 5,60% - uma queda de quase 1% comparando o período.
IBGE
Cai alimentação, sobe transporte
O resultado do grupo Alimentação e bebidas (0,05%) foi influenciado pela queda da alimentação no domicílio, que passou de 0,04% em fevereiro para -0,14% em março. Houve queda mais intensa nos preços da batata-inglesa (-12,80%) e do óleo de soja (-4,01%), e foram registrados recuos nos preços da cebola (-7,23%), do tomate (-4,02%) e das carnes (-1,06%). No lado das altas, destacam-se a cenoura (28,58%) e o ovo de galinha (7,64%).
Dos nove grupos pesquisados oito tiveram aumentos. Os preços dos combustíveis foram os maiores responsáveis pela alta. A gasolina subiu 8,33%, influenciando o grupo ‘transportes’, que gerou o maior impacto no INPC de 0,43%.
O etanol também subiu (3,20%), enquanto gás veicular (-2,61%) e óleo diesel (-3,71%) continuaram em queda. As passagens aéreas, que já haviam recuado 9,38% em fevereiro, caíram 5,32% em março.
Veja a variação dos grupos pesquisados
IBGE
Inflação nas capitais
Todas as áreas tiveram alta em março. A maior variação foi em Porto Alegre (1,25%), em função das altas da gasolina (10,63%) e da energia elétrica residencial (9,79%). Já a menor variação foi registrada em Fortaleza (0,35%), influenciada pelas quedas de 17,94% do tomate e de 2,91% do frango inteiro.
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
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Fevereiro | Março | Ano | 12 meses | ||
Porto Alegre | 8,61 | 0,75 | 1,25 | 2,24 | 4,37 |
Brasília | 4,06 | 0,48 | 1,11 | 1,93 | 5,30 |
Curitiba | 8,09 | 1,09 | 1,03 | 2,08 | 3,12 |
Goiânia | 4,17 | 0,85 | 1,02 | 2,12 | 3,08 |
Belém | 3,94 | 0,86 | 0,84 | 2,12 | 4,53 |
Vitória | 1,86 | 0,92 | 0,84 | 2,70 | 4,77 |
São Luís | 1,62 | 0,65 | 0,73 | 1,38 | 3,45 |
Aracaju | 1,03 | 0,88 | 0,70 | 2,23 | 4,59 |
Campo Grande | 1,57 | 0,54 | 0,68 | 1,84 | 3,54 |
Rio de Janeiro | 9,43 | 0,65 | 0,64 | 1,73 | 4,69 |
Recife | 3,92 | 0,99 | 0,62 | 1,65 | 4,48 |
São Paulo | 32,28 | 0,92 | 0,58 | 2,20 | 5,61 |
Rio Branco | 0,51 | 0,44 | 0,54 | 1,66 | 4,15 |
Salvador | 5,99 | 0,81 | 0,44 | 2,36 | 5,36 |
Belo Horizonte | 9,69 | 0,81 | 0,39 | 2,04 | 3,31 |
Fortaleza | 3,23 | 0,73 | 0,35 | 1,96 | 4,47 |
Brasil | 100,00 | 0,84 | 0,71 | 2,09 | 4,65 |
Sobre o IPCA
O IPCA Se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
INPC também recua
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação de preço de determinados produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras com rendimento de 1 a 5 salários mínimos, teve alta de 0,64%, ante 0,77% em fevereiro e 1,71% em março do ano passado. Com isso, soma 1,88% no ano. Em 12 meses, também deixa o patamar de 5%: passa de 5,47% para 4,36%.
No INPC os produtos alimentícios registraram queda de 0,07% em março, após alta de 0,04% em fevereiro. Nos produtos não alimentícios, foi registrada alta de 0,87%, desacelerando em relação ao resultado de 1,01% observado em fevereiro.
Segundo o IBGE, o grupo Alimentação e Bebidas foi de 0,04% para -0,07%. Com isso, teve impacto de -0,01 ponto no mês.
Confira a íntegra da pesquisa do IBGE aqui