Foto: Roberto Parizotti (Sapão)
Os trabalhadores e trabalhadoras que contam com o apoio de seu sindicato nas negociações coletivas têm obtido êxito em conquistar reajustes salariais acima da inflação. É o que mostra o Salariômetro , levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
No último mês de maio 91,9% dos aumentos salariais, a partir de negociações e convenções coletivas superaram a inflação acumulada nos 12 meses anteriores, medida pelo índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Ou seja, a cada 10 negociações, nove resultaram em ganhos para os trabalhadores.
Este é o maior patamar desde o início da série histórica do Salariômetro, iniciada no final de 2012. O último ano em que se registrou um índice próximo a este foi em janeiro de 2018 com 91% dos aumentos sendo maiores do que a inflação.
Em média, os aumentos de maio deste ano foram 1,5 ponto percentual maiores que o INPC. De acordo com a Fipe, a média dos reajustes do mês passado foi de 5,3%. Já a inflação acumulada nos 12 meses anteriores foi de 3,8%. Foi o maior ganho real em um mês na parcial de 2023. Somente 1,4% dos reajustes de maio ficaram abaixo da inflação. Outros 6,7% foram iguais ao INPC, diz a Fipe.
Na comparação com o mês anterior o indicador subiu mais de 30%. Em abril foram registrados aumentos salariais acima da inflação em 61% das negociações coletivas.
Nos cinco primeiros meses de 2023 na comparação com o mesmo período do ano passado, os trabalhadores também conquistaram reajustes acima da inflação, maiores. De janeiro a maio 74,7% dos reajustes negociados ficaram acima do INPC. No mesmo período de 2022, essa parcela foi bem menor, de 19,5%.
O valor médio do piso salarial ficou em R$ 1.630, também acima da média dos últimos 12 meses de R$ 1.508. No entanto, a média deste ano de janeiro a maio é menor: R$ 1.470.
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Com informações do UOL