Foto: Roberto Parizotti
O desemprego no Brasil caiu neste segundo trimestre de 2023; e no ano o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado aumentou. O índice de pessoas que trabalham sem carteira assinada e os que trabalham por conta própria ficou estável e a taxa de desocupação também caiu. A renda dos trabalhadores cresceu. Os dados são Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta-feira (31).
Os números mostram que a taxa de desocupação do trimestre (maio a julho de 2023) ficou em 7,9%, um recuo de 0,6% frente ao trimestre anterior (fevereiro a abril), que atingiu 8,5%.
Ao todo 573 mil pessoas foram retiradas da fila do desemprego. Na comparação anual são 1,36 milhão de pessoas ocupadas a mais (13,8%).
Em relação ao trimestre móvel de 2022 que se situava em 9,1%, o novo índice representa uma queda de 1,2%. Foi o menor contingente de desocupados desde o trimestre móvel terminado em junho de 2015.
“Esse recuo no trimestre encerrado em julho ocorreu principalmente pela expansão do número de pessoas trabalhando”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 37,0 milhões – um crescimento de 3,4% (mais 1,2 milhão de pessoas) na comparação anual.
O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (13,2 milhões) cresceu 4,0% em relação ao trimestre anterior (mais 503 mil pessoas) e ficou estável no ano.
O número de trabalhadores por conta própria (25,2 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 2,5% no ano (menos 637 mil pessoas).
O rendimento real habitual (R$ 2.935) ficou estável no trimestre e cresceu 5,1% no ano.
REPRODUÇÃO
População ocupada e subutilização
A população ocupada neste trimestre chegou a 99,3 milhões – um crescimento de 1,3% no trimestre, o que representa 1,3 milhão de pessoas a mais. No ano o total de pessoas ocupadas cresceu 0,7% (mais 669 mil pessoas).
O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 56,8%, crescendo 0,6 %. frente ao trimestre de fevereiro a abril (56,2%) e ficando estável no ano.
A taxa de informalidade foi de 39,1% da população ocupada (ou 38,9 milhões de trabalhadores informais) contra 38,9% no trimestre anterior e 39,8% no mesmo trimestre de 2022
A taxa composta de subutilização (17,8%) recuou 0,7 %. frente ao trimestre anterior (18,4%) e caiu 3,1 %. ante o trimestre encerrado em julho de 2022 (20,9%). A população subutilizada (20,3 milhões de pessoas) caiu 3,1% no trimestre e recuou 16,4% no ano. Foi o menor contingente dessa população desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2016.
A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (5,2 milhões) ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 20,5% no ano.
A população fora da força de trabalho (66,9 milhões) caiu 0,5% ante o trimestre anterior (menos 349 mil pessoas) e cresceu 3,4% (mais 2,2 milhões) na comparação anual.
A população desalentada (3,7 milhões de pessoas) ficou estável ante o trimestre anterior e caiu 13,4% (menos 568 mil pessoas) no ano. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,3%) ficou estável no trimestre e caiu 0,5 % no ano.
Confira aqui a pesquisa completa do IBGE