Voltou à cena a pretendida autonomia do Banco Central.

 

A inspiração vem da autonomia do Federal Reserve System, o banco central americano, autonomia que é relativa ,como aqui já narramos dezenas de vezes, já que dois Chairmen do Fed ainda com mais de quatro anos de mandato cada um, foram demitidos pelo Presidente dos EUA, Eugene Merer por Roosevelt e Thomas McCabbe por Truman.

 

A autonomia do Federal Reserve System em geral é uma realidade, MAS TEM UMA CONTRAPARTIDA que aqui não se cogita, nem se toca no assunto, só se pensa no BC como arauto no combate à inflação e nada mais.

 

Fala-se aqui em autonomia como um direito com fracas obrigações. Já a autonomia real do FED tem PESADAS OBRIGAÇÕES, que são três:

 

1. Proporcionar PREÇOS ESTÁVEIS.

 

2.Assegurar MÁXIMO EMPREGO na economia.

 

3. Administrar TAXA DE JUROS DE LONGO PRAZO BAIXAS.

 

Aqui se fala em autonomia de graça, sem obrigações claras e definidas, articula-se por vezes uma só, solteira.

 

O Banco Central deve perseguir as METAS DE INFLAÇÃO.  Não precisa se preocupar com emprego e nem com taxas de juros baixas, vale operar uma só variável, nada mais, o país pode ficar sem alimento e sem emprego, mas a meta de inflação foi atingida, com 30% de desemprego os preços vão cair até o centro da meta porque parte da população não terá dinheiro para comprar comida, sapato e remédios, aí os preços caem, atingiram a meta de inflação, maravilha.

 

Assim é fácil demais, precisa praticar uma só tarefa simples, dane-se o resto. Não tem lógica, AUTONOMIA é muita vantagem para a Diretoria do Banco Central, eles precisam dar ao País algo de muito valioso em troca.

 

Se vamos discutir autonomia, vamos também discutir QUAIS AS OBRIGAÇÕES DO BANCO CENTRAL PARA COM O PAÍS.