As finais da Taça Rio não valerão nada além de um troféu no Campeonato Carioca 2017. Mas essa não é a única distorção causada pelo regulamento do estadual do Rio de Janeiro: o artilheiro do campeonato não enfrentou nenhum dos quatro grandes e já até deixou o clube pelo qual brilhou.
Ninguém marcou mais gols no certame que o atacante Max, da Cabofriense. Os oito gols do maranhense de São Luís, porém, foram anotados em partidas mais tranquilas - afinal, a equipe da Região dos Lagos não enfrentou nenhum time grande.
Embora tenha disputado a primeira divisão do Campeonato Carioca, a Cabofriense não atuou na Taça Guanabara e nem na Taça Rio. Porém, participou de uma fase inicial composta por seis clubes, dos quais apenas dois se classificariam para a competição de fato.
A equipe de Max fez oito pontos em cinco partidas no hexagonal inicial, mas ficou na terceira posição. Classificaram-se a Portuguesa-RJ e o Nova Iguaçu. Nessa etapa, o centroavante de 33 anos balançou as redes cinco vezes.
A Cabofriense seguiu então para um "quadrangular do descenso", do qual participavam os quatro clubes que não passaram da fase inicial. Os dois piores seriam rebaixados.
A equipe tricolor não teve dificuldades: cinco vitórias e apenas uma derrota, mantendo-se na elite estadual. Max, que já rodou por 13 clubes do futebol brasileiro, anotou mais três tentos.
E o goleador de 1,88m precisou de apenas três partidas para tanto. Antes do Carioca terminar, no dia 2 de março, ele se transferiu para o Inter de Lages-SC, deixando a Cabofriense sem o atleta com mais gols na competição.
Artilheiro da Copa do Nordeste 2015 pelo América-RN, Max Brendon da Costa Pinheiro também já passou por Palmeiras, Paraná, Náutico, Boavista-RJ, Guarani-SP, Sampaio Corrêa-MA, Caldense-MG, Paulista-SP, Corinthians-AL e Tocantinópolis-TO.