Eleito para o biênio 2017/18, o engenheiro elétrico Sérgio Serra renunciou à presidência do Paysandu na manhã desta quinta-feira.
A decisão foi tomada após os protestos da torcida com a série de oito jogos sem vencer na Série B e que culminaram com agressão sofrida no último domingo, quando Serra, a sua esposa Cristina e o filho mais velho, Gustavo, de 14 anos, passeavam em Belém e teriam sido ameaçados por dois homens que se aproximaram em uma moto, com os rostos encobertos por suas camisetas, e encostaram um revólver no rosto do ex-mandatário.
"Eu já sei onde você mora. Se o Paysandu descer para a Série C, eu acabo contigo, com a sua mulher e o seu filho maluco", disse o suposto torcedor, de acordo com relato da irmã do dirigente, Cristina Serra, jornalista da TV Globo, em rede social.
Gustavo, que acompanhava o casal, tem autismo.
Abalado, Sérgio Serra resolveu, então, deixar o cargo pouco mais de seis meses após assumi-lo.
Em seu mandato, ele foi campeão paraense, vice-campeão da Copa Verde e viu o Paysandu ser eliminado nas oitavas de final da Copa do Brasil, para o Santos.
Na Série B, enfrenta momento complicado após liderar a competição nas rodadas iniciais e se encontrar agora sem ganhar há oito jogos, correndo o risco de entrar na zona de rebaixamento nesta rodada.
Em seu lugar, assume Tony Couceiro, vice-presidente de operações.