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A falta que faz um estádio para o Milan

Out 29, 2017

Por ESPN                                                                                     

 

Neste sábado, o Milan recebe a Juventus, às 14h (de Brasília), pela 11ª rodada do Campeonato Italiano, com transmissão ao vivo da ESPN e do WatchESPN. O encontro é um dos maiores clássicos da "Bota" e colocará frente a frente dos dois times mais vitoriosos da Itália, com 51 Scudetti (33 alvinegros, 18 rubro-negros) e 9 Ligas dos Campeões (7 rubro-negras, 2 alvinegras) em campo. 

 

No entanto, o dérbi do norte já não é mais o mesmo de outros tempos, já que hoje a "Velha Senhora" reina absoluta na Itália, enquanto os rossoneri estão na draga e nem de longe lembram a potência de antigamente. 

Um dos principais fatores que explicam o domínio da Juve e o declínio do Milan é o fato da equipe de Turim possuir um estádio próprio, enquanto o clube de Milão não possui - o San Siro (também chamado de Giuseppe Meazza), uma das maiores e melhores praças esportivas da Europa, pertence à prefeitura, e não aos clubes da cidade, que apenas o administram em dias de jogos.

Como mostrou reportagem do ESPN.com.bra construção do ultra-moderno Juventus Stadium (agora chamado Allianz Stadium) fez a "Velha Senhora" voltar a ser a força dominante do Italiano, depois da Inter de Milão passar anos no topo. 

Isso porque, ao contrário dos tempos em que jogava no antigo Stadio Delle Alpi, que era da prefeitura de Turim, agora o time alvinegro atua sempre com casa cheia (39.106 pessoas em média por jogo nas partidas da Serie A) e fatura milhões de euros a cada jogo com matchday revenue, que é todo o dinheiro gerado no dia das partidas, seja com ingressos, camarotes ou produtos vendidos dentro da arena, como uniformes de jogo, cachecóis, souvenires e comes e bebes. 

 

Segundo estudo publicado anualmente pela consultoria Deloitte, a Juventus é hoje o 10º time mais rico do mundo, atrás de Manchester United, Barcelona, Real Madrid, Bayern de Munique, Manchester City, Paris Saint-Germain, Arsenal, Chelsea e Liverpool.

Desde que fundou seu estádio próprio, porém, a maior campeã italiana não para de ter crescimento de arrecadação, em especial com matchday revenue. Em 2016, o valor chegou a 43,7 milhões de euros (R$ 167 milhões), ou 13% do orçamento total da equipe (57% vem dos direitos de transmissão, mais 30% de marketing e departamento comercial). Já a receita geral cresceu de 324 milhões de euros (R$ 1,237 bilhão) para 341 milhões de euros (R$ 1,302 bilhão) de 2015 para 2016.

Tanto dinheiro fez a Juve voltar a ser o "bicho-papão" do mercado da bola, contratando os principais jogadores do país, e até mesmo os destaques de clubes rivais - o atacante Gonzalo Higuaín, que veio do Napoli por 90 milhões de euros (R$ 344 milhões, na cotação atual) e o meia Miralem Pjanic, comprado da Roma por 32 milhões de euros (R$ 122,25 milhões), são só dois exemplos disso. Naturalmente, vieram os títulos: o time é o atual pentacampeão italiano.

E, também naturalmente, hoje a Juventus está brigando forte por mais um Scudetto (está a apenas 3 pontos do líder Napoli) e está na Champions League, enquanto o Milan está na modesta 8ª posição, a 12 pontos da ponta da tabela e fora até mesmo da zona de classificação para a próxima Liga Europa.

  • Milan vive o completo oposto

A falta de um estádio próprio explica bastante o ocaso atual do Milan.

Segundo o mesmo estudo da Deloitte, a equipe rubro-negra é hoje apenas a 16ª mais rica do mundo, atrás de times como Borussia Dortmund, Roma, Schalke 04, Tottenham e Atlético de Madri. Pior: caiu duas posições na lista entre 2015 e 2016.

Atualmente, os rossoneri trabalham com uma receita total de 215 milhões de euros (R$ 821,3 milhões) em 2016 - ou seja, 126 milhões de euros (R$ 481,3 milhões) a menos que a Juventus.

Se esse orçamento for comparado com outros gigantes europeus, então, a vergonha milanista aumenta. O Manchester United, por exemplo, teve receita de 689 milhões de euros (R$ 2,632 bilhões) em 2016; a do Barcelona foi de 620 milhões de euros (R$ 2,368 bilhões), mesmo montante do Real Madrid. O Bayern aparece logo atrás, com 592 milhões de euros (R$ 2,261 bilhões).

Boa parte deste "buraco" que existe hoje em arrecadação entre Juve e Milan vem do matchday revenue

Como o San Siro não é seu estádio, o Milan arrecada muito pouco nos dias de jogos: na última temporada, um total de 25,9 milhões de euros (R$ 99 milhões), logo, 17,8 milhões de euros (R$ 68 milhões) a menos que a "Velha Senhora".

Há duas explicações para isso. 

A primeira é que, com as péssimas campanhas milanistas nos últimos anos, a média de público não para de cair. Na temporada passada, foram 33.777 torcedores/jogo em média na Serie A, pouquíssimo para o San Siro, que tem capacidade para mais de 80 mil pessoas. Portanto, quanto menos gente, menos matchday revenue.

Outro fator que espanta os torcedores rubro-negros do Giuseppe Meazza é que hoje a arena está envelhecida e nem de longe tem o mesmo conforto e tecnologia dos campos mais modernos do mundo, como o próprio Juventus Stadium e no novíssimo Wanda Metropolitano, do Atlético de Madri.

Não à toa, o gigante rubro-negro admite que precisa construir seu estádio próprio, como fez a Juventus, para voltar a dominar a Itália como nos anos 50 e 90. Quem diz isso é Marco Fassone, o executivo que foi contratado pelo consórcio chinês que comprou o Milan em abril deste ano por 740 milhões de euros (R$ 2,826 bilhões, na cotação atual). 

"Nós queremos dar ao Milan seu estádio próprio a curto prazo", disse Fassone, no dia seguinte à transferência do clube das mãos do ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi para os investidores asiáticos.

Fassone, porém, admitiu que construir um estádio novo nem sempre é fácil, e uma das possibilidades para finalmente ter uma "casa própria" pode ser comprar o San Siro da prefeitura, investindo depois em reformas e modernização, além da venda de naming rights, como a Juve conseguiu fazer.

"Nós sabemos que na Itália (a construção de um estádio) pode demorar a acontecer. Então, seja no San Siro ou em um estádio construído do zero, qualquer possibilidade é boa, desde que o Milan consiga ter sua própria arena", salientou.

Outras equipes que estão planejando construírem estádios nos próximos anos são a Romae a Fiorentina.

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