Pep Guardiola nunca treinou a seleção italiana e nem nenhum time no país. Mesmo assim, pode ter um dedo no que pode ser um vexame histórico da Azzurra.
A Itália pega a Suécia nesta segunda-feira precisando de uma vitória por dois gols de diferença para ir à Copa do Mundo - o ESPN.com.br segue a partida em TEMPO REAL às 17h45. Se não conseguir, ficará fora de um Mundial pela primeira vez desde 1958.
Mas, afinal, o que Pep Guardiola tem a ver com isso?
Na visão do zagueiro Giorgio Chiellini, até que bastante coisa. Para ele, o surgimento do ‘Guardiolismo’ acabou com a essência dos zagueiros italianos, que sempre foram considerados os melhores do mundo – e muitas vezes carregaram a seleção nas costas.
“Agora os defensores sabem como organizar um monte de jogadas e podem jogar com a bola nos pés, mas não sabem mais marcar. Infelizmente é assim”, disse Chiellini.
“Quando eu era jovem, costumávamos treinar para roubar a bola do homem que estávamos marcando. Agora, não conseguem mais marcar cruzamentos. E isso é péssimo porque estamos perdendo nosso DNA, as características que nos colocaram como uns dos melhores do mundo”, completou.
O zagueiro, claro, aliviou no discurso e fez questão de elogiar alguns companheiros de trabalho como Daniele Rugani, Mattia Caldara e Alessio Romagnoli.
Mas, de fato, Guardiola tem sua influência na seleção italiana. Até porque o técnico da Azzurra, Giampiero Ventura, não esconde sua admiração pelo espanhol e pelo estilo de jogo que ele ‘impôs’ ao futebol.
“O treinador que gostaria de estudar para me enriquecer? Guardiola, adoro o futebol espanhol”, diz Ventura.
"Seria capaz de treinar de graça um clube durante um ano só para poder ter uma experiência da Liga espanhola. Mãe, o que acabei de dizer? ‘De graça’ são palavras importantes para um genovês como eu", disse em outra oportunidade - as pessoas de Gênova têm a fama na Itália de serem "mão fechada” com dinheiro.