Neste domingo, em entrevista à TV Globo, o meia-atacante revelou que não atuará mais nos gramados após passagens vitoriosas por São Paulo, Milan, Real Madrid e seleção brasileira. Seu último clube foi o Orlando City, dos Estados Unidos.
"Muito consciente, cheguei à conclusão de que é o momento de encerrar a carreira. A minha palavra final é que o ciclo da minha carreira como jogador profissional se encerra para mim", disse o pentacampeão mundial.
Ele agora pretende assumir nova função fora dos gramados, como por exemplo ser manager ou diretor de clube. O Milan já fez uma oferta nesse sentido ao seu ídolo, e o retorno à Itália parece ser o caminho a ser seguido.
"Eu precisava de um tempo para pensar e tomar uma decisão muito tranquila, muito calma e muito consciente do que eu gostaria para minha vida profissional. Aí eu pedi para algumas pessoas muito próximas, meus pais, meu irmão, minha namorada e a esposa do meu irmão, são cinco pessoas, pedi para que a gente fizesse um período de orações. E estudando, vendo o que acontecia nesse momento, propostas. Eu fui para a Europa para ver alguns jogos, sentir a emoção do jogo ali, onde o futebol realmente tem seu ponto máximo. E muito consciente eu cheguei à conclusão que é o momento de encerrar a minha carreira como jogador profissional", explicou.
O anúncio foi feito exatamente dez anos depois de conquistar o título de melhor jogador do mundo à frente de Cristiano Ronaldo e Lionel Messi.
Revelado pelo São Paulo, Kaká começou como profissional em 2001 e logo ganhou espaço no time titular, chegando inclusive à seleção brasileira e fazendo parte da equipe pentacampeã. Lá ficou até ser negociado em 2003 com o Milan, pela barganha de 8,5 milhões de euros, e se tornou uma das estrelas do futebol mundial.
Na equipe rossonera, conquistou todos os títulos possíveis: Calcio, Copa da Itália, Uefa Champions League e Mundial de Clubes. E foi eleito o melhor do mundo em 2007, o último jogador que não Cristiano Ronaldo ou Messi desde então.
Em 2009, o meia-atacante foi contratado pelo Real Madrid por 67 milhões de euros, então a segunda maior contratação da história do futebol. Ao lado de Cristiano Ronaldo, parecia formar uma nova parceria galáctica, mas as lesões encurtaram seus jogos no Bernabéu, e sua carreira começou a declinar.
Quatro anos depois passou novamente pelo Milan, sem brilho, e se aventurou nos Estados Unidos no recém-criado time Orlando City. Ele angariou milhares de torcedores para o novato clube e fez relativo sucesso na MLS, sem título.
Ao fim de seu contrato com a equipe da Flórida, as especulações sobre um possível retorno ao São Paulo aumentaram. Agora, não há mais chance.