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Torcedores querem indenização por terem se molhado

Fev 07, 2018

Por ESPN                                                                           

Três torcedores entraram com um processo contra o Palmeiras, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e a WTorre (administradora e dona dos direitos de exploração do Allianz Parque até 2044) por terem se molhado durante partida entre a equipe alviverde e o Santos, em setembro do ano passado, pelo 2º turno do Campeonato Brasileiro.

Na ação, à qual a ESPN teve acesso, os fãs alegam que havia um "escoamento de água" em suas cadeiras, o que os impediu de aproveitar a partida. Vale lembrar que uma forte chuva atingiu São Paulo no dia do clássico em questão.

"Ocorre que no dia do jogo para a infelicidade, tristeza e pleno desgosto dos postulantes, havia um escoamento de água que desaguava em seus respectivos assentos, localizados no setor 124B, fileira EE, impossibilitando que os autores assistissem ao jogo, acomodados no conforto de suas cadeiras sem se molharem por completo", diz trecho do documento.

"O infortúnio, inadmissível para uma arena deste porte, não só incomodou e constrangeu os requerentes, mas impediu que os mesmos assistissem ao jogo com o conforto e a atenção que mereciam", acrescenta o texto.

A advogada que representa os três torcedores descreveu a situação como "desastrosa".

"É lamentável que um estádio em que foram empregados milhões, e que se intitula como a maior arena da América Latina, localizado ainda em um país onde o futebol é o principal entretenimento e alegria do povo, sendo uma paixão nacional; entregue aos seus consumidores uma prestação de serviço tão desastrosa", diz a profissional.

"Diante do ocorrido, resta claro que tal fato cerceou significativamente o aproveitamento da partida pelos requerentes; prejudicando e lesando os consumidores que em nenhum momento foram avisados que o ingresso que deveria dar direito a cadeiras em uma área coberta e segura, era na verdade um passaporte para usufruir de uma prestação de serviço desrespeitosa e insatisfatória, que só gerou tristeza, decepção e estresse, e que deve merecido reparo", finaliza.

A partir desta argumentação, os palmeirenses exigem duas reparações: a devolução do montante de R$ 400,00, que foi o valor gasto nos ingressos, e mais um montante de ao menos R$ 20.000,00 em danos morais a cada um dos requerentes, com o número sendo acertado até a época efetiva do pagamento com juros e correção monetária.

O caso corre na Vara Cível do Fórum Central da Comarca de São Paulo.

Procurada, a CBF disse que não comenta questões que estão judicializadas.

O Palmeiras também afirmou que não comenta questões judiciais.

Mais tarde, em participação no programa "Bate Bola Debate", da ESPN Brasil, o diretor de futebol da equipe alviverde, Alexandre Mattos, falou sobre o caso.

"Isso precisa ser averiguado. Qualquer cidadão que em algum momento se sinta no direito de questionar, se achar que tiver direito, OK. Obviamente, o clube e a WTorre vão se defender, talvez mostrar que não é para isso tudo. Mas deixo isso nas mãos do nosso departamento jurídico", ressaltou.

WTorre, por sua vez, salientou que não comenta processos judiciais em andamento.

O jogo citado no processo aconteceu no dia 30 de setembro de 2017, e terminou com vitória por 1 a 0 do Santos sobre o Palmeiras, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro - o duelo foi disputado com torcida única.

Ricardo Oliveira fez o único gol da partida, que foi disputada com o gramado encharcado pela chuva.

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