A pressão sob Dorival Júnior já era grande e tornou-se maior após a derrota do São Paulo para o Ituano por 2 a 1, em Itu, na noite de quarta-feira. Na volta para a capital paulista, o time foi recepcionado por um grupo de 70 torcedores aos gritos de "Fora Dorival", "Vanderlei Luxemburgo" e "time sem vergonha".
Mas não são apenas os torcedores que pressionam pela saída do técnico. A cobrança também é "enorme" no Morumbi, segundo palavras de fontes consultadas pela reportagem. Conselheiros com trânsito com a diretoria e até aliados do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, já são favoráveis à troca no comando técnico.
Em meio ao caos, a diretoria de futebol procura blindar Dorival Júnior por entender que não é o caso de trocar de técnico agora, com nem dois meses completos da temporada. Entre as justificativas, estão o pouco tempo de pré-temporada, a média de um jogo a cada três dias e meio e a mudança de peças importantes no elenco.
Na visão de homens fortes dentro do futebol, a perda de Hernanes, que teve de retornar para seu clube na China, e Lucas Pratto, vendido ao River Plate, ainda não foram assimiladas. E contratações de peso, como Diego Souza e Nene, já passam a impressão de que será necessário paciência até que eles encaixem e joguem bem no time.
Todas essas justificativas são usadas contra as cobranças existentes. Mas Dorival também recebe cobranças dentro do departamento de futebol. Os diretores entendem que o time precisa dar resultados, as derrotas em clássicos precisam diminuir, e que o time tem de se apresentar melhor do que vem fazendo, sem oscilações.