Arsène Wenger não pediu para deixar o Arsenal, ele foi convidado a sair. Muitos podem argumentar que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde. Eles podem estar corretos, mas isso é um argumento para outro momento. O que importa mesmo são duas coisas.
Uma delas era a ideia de ter um Wenger para sempre no Arsenal. Isso não existe mais. A outra é que, como anunciado pelo The Wall Street Journal na última sexta-feira, o técnico escolheu anunciar sua saída em seus termos antes de ser demitido no final da temporada.
O técnico tinha três caminhos para seguir. Ficar até o final da temporada e tentar vencer a Europa League. Posteriormente, anunciar sua saída e alegar que foi um consenso entre ele e o clube. O segundo caminho era aguardar até maio e ser demitido. A última é que nem mesmo um título europeu e um retorno à Champions League poderiam evitar sua saída do clube. Wenger pensou nisso. Sabia que nada poderia mudar o pensamento do Arsenal.
O caminho vai na direção de acabar com a incerteza que vive o Arsenal. O técnico Wenger focou diretamente nisso. O clube sofreu com dúvidas e algumas transferências, como a de Alexis Sanchez, e a renovação de Mesut Ozil, que acabaram tornando-se novelas, muito por conta de falta de decisão do clube.
O anúncio de Wenger acelera a reconstrução dos Gunners. Acaba com as dúvidas. Por um lado, esse foi o presente do técnico para um conselho que o apoio firmemente na década passada e nos últimos anos, mesmo quando os resultados não vinham. Mas por outro, é um passo totalmente doloroso e triste para o técnico, que viveu uma parte significativa de sua vida no Arsenal, se doando e fazendo o máximo para o clube.