Paolo Guerrero recebeu a pior notícia da carreira na última segunda-feira. A Corte Arbitral do Esporte (CAS) anunciou a suspensão de 14 meses por doping, decisão que não cabe qualquer recurso. Mesmo já tendo cumprido seis meses, o atacante está fora da Copa do Mundo da Rússia, que terá início em 14 de junho, em Moscou. A notícia também foi dura para o Flamengo.
O clube rubro-negro contratou o peruano em maio de 2015 cercado de expectativa. Firmou vínculo até 10 de agosto deste ano e chegou a discutir as bases de uma possível renovação por mais três anos. O tema foi congelado quando o doping foi descoberto.
Guerrero foi punido após ter detectada a substância proibida benzoilecgonina, principal metabólito da cocaína, em seu sangue, durante partida da seleção peruana contra a Argentina, nas eliminatórias do Mundial da Rússia, em 5 de outubro de 2017.
A defesa alegou que houve contaminação em chá tomado na concentração do Peru.
Em maio, após cumprir seis meses de pena, chegou a ser liberado para jogar até que a decisão final do CAS fosse anunciada, o que permitiu que fizesse três partidas pelo Flamengo, a última delas no último domingo, quando marcou e deu assistência para um gol na derrota por 3 a 2 para a Chapecoense, em Chapecó, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.
Ao todo, Guerrero, que chegou do Corinthians ao Flamengo sem custo de transferência em 2015, fez 111 jogos e 43 gols pelo clube da Gávea. Conquistou um só título (Carioca de 2017) e foi vice de dois torneios (Copa do Brasil e Copa Sul-Americana, em 2017). Ainda foi o artilheiro máximo do Campeonato Carioca do ano passado, com dez tentos anotados.
Desde que ele chegou ao Flamengo, a equipe rubro-negra fez no total de 215 jogos e 319 gols. O peruano esteve em quase metade desses jogos (111) e os 43 gols correspondem a 13%. Ainda assim é o sexto maior artilheiro estrangeiro do clube.
Com salário em torno de R$ 900 mil mensais, ele representou um gasto aproximado de R$ 27 milhões para o Flamengo. O período não compreende os meses de novembro de 2017 até abril de 2018, quando seu contrato foi suspenso com base na Lei Pelé.
Antes de toda a confusão, o estafe do jogador discutia com o Flamengo uma possível renovação por mais três anos, com luvas de R$ 16 milhões pela assinatura do novo acordo. O assunto foi congelado por causa da suspensão do peruano.