O River Plate está nas quartas de final da Copa Libertadores. E com uma classificação categórica. Depois de ter empatado com o Racing sem gols no jogo de ida das oitavas, a equipe recebeu o rival no Monumental de Núñez, nesta quarta-feira, e venceu por 3 a 0. Lucas Pratto, Exequiel Palacios e Rafael Borré fizeram os gols da partida.
Agora, o River fará um novo duelo argentino por um lugar na semifinal da Libertadores. Seu adversário será o Independiente, que eliminou o Santos em um confronto rodeado de polêmica. Além da classificação em si, a equipe de Buenos Aires quebrou um jejum diante do time de Avellaneda na Libertadores, uma vez que nunca havia vencido o rival na Libertadores em sete partidas.
À parte da grande atuação dos donos da casa - que não contaram com o técnico Marcelo Gallardo (suspenso) -, a partida ainda ficou marcada por uma confusão nos minutos finais, que acabou com a expulsão de Enzo Pérez e Ricardo Centurión. Pouco depois, Soto cometeu falta, recebeu o segundo amarelo e também viu o cartão vermelho.
River domina e impõem boa vantagem
Empurrado por mais de 60 mil pessoas no Monumental, o River Plate começou marcando pressão e teve duas oportunidades antes dos 10 minutos. Na primeira, Lucas Pratto aproveitou cobrança de escanteio para cabecear e obrigar o goleiro Arias a fazer sua primeira intervenção. Em seguida, o colombiano Quinteiro recebeu na intermediária, deu um belo corte na marcação e arriscou de longe, para fora.
Aproveitando o ótimo momento e a dificuldade do adversário na marcação, os Millonarios não tardaram em abrir o placar. O lateral Montiel recebeu um belo passe de Rafael Borré na ponta direita e rolou para Lucas Pratto. Na marca do pênalti, o atacante não perdoou e estufou a rede, encerrando um jejum de quatro partidas sem marcar dos donos da casa.
O Racing deu o troco na sequência, quando Lisandro López encontrou Zaracho na entrada da área e o atacante arrematou, forçando Armani a fazer boa defesa. No entanto, a superioridade dos mandantes era muito grande. Em contragolpe puxado por Quintero, Orbán tentou cortar a bola e acabou dando uma assistência linda para Palacios. O camisa 15, sozinho na grande de área, tocou na saída do goleiro para marcar o segundo.
Com dois gols de desvantagem antes dos 30 minutos, restou aos visitantes ir ao ataque, mas o nervosismo e a falta de um exímio meia de criação brecaram qualquer possibilidade ofensiva do time comandado por Eduardo Coudet. Em contrapartida, os donos da casa tinham o contra-ataque à disposição. Depois de parar duas vezes no goleiro Arias, os anfitriões voltaram a desperdiçar boa chance em arremate de Palacios da entrada da área.
Racing sofre na criação, toma mais um e perde a cabeça
Ao perceber a dificuldade do Racing na criação, Eduardo Coudet tirou o meio-campista Neri Cardozo para a entrada do camisa 10 Guillermo Fernández. A substituição até melhorou o toque de bola dos visitantes, mas não o bastante para construir oportunidades de gol pelo chão, tanto é que o primeiro bom lance da equipe veio apenas aos 20 minutos, quando Soto cruzou na área e Nery Dominguez, sem marcação e dentro da pequena área, bateu de primeira, porém, por cima da meta defendida por Armani.
O River Plate, por sua vez, recuou a marcação e se postava no campo de defesa, esperando o adversário, que vinha com tudo para frente. Mesmo assim, o jogo perdeu em emoção, já que os mandantes, cansados depois um primeiro tempo intenso, não conseguiam oferecer perigo ao goleiro Arias, enquanto o Racing facilitava o trabalho defensivo do rival ao alçar bolas na área para Pinola e Maidana afastarem com facilidade.
Se o cenário já era favorável para os mandantes, ficou ainda melhor aos 36 minutos, quando Borré se antecipou à marcação após escanteio e desviou com a perna direita, marcando o terceira gol e explodindo o Monumental, que comemorava a primeira vitória do River em cima do Racing em partidas de Copa Libertadores.
Com 3 a 0 no marcador, Enzo Pérez aproveitou o momento para provocar Centurión. Enquanto saia do campo para ser substituído, o meio-campista olhou para o ex-São Paulo e fez um gesto como se a partida estivesse terminada. Nervoso, o jogador veio para cima do adversário e, após a confusão, os dois foram expulsos. Nervoso, o Racing ainda teve Soto expulso antes do apito final do árbitro.