O meia Paulo Henrique Ganso e técnico Oswaldo de Oliveira protagonizaram cenas lamentáveis no Maracanã. Os dois trocaram farpas durante o duelo contra do Tricolor contra o Santos, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. O treinador substituiu o camisa 10 do aos 17 minutos do segundo tempo e isso iniciou uma grande discussão entre os dois, com direito a uso de palavrões e a ambos precisarem ser contidos pelos demais componentes da comissão técnica.
O episódio, no entanto, não foi o único da carreira do jogador de 29 anos. Ao longo da carreira, Ganso já esteve envolvido em outras polêmicas. Relembre as principais:
Quando atuava pelo Santos, Ganso se recusou a acatar a ordem de Dorival Júnior para deixar o gramado na final do Campeonato Paulista de 2010, contra o Santo André, e seguiu em campo até o final do confronto vencido pelo Peixe.
– Chamei a responsabilidade, pois senti que deveria fazer isso. Com a camisa 10 da equipe tenho que ter essa postura. Não quis sair e fui premiado com o título – disse Ganso à época.
Em 2016, quando atuava pelo São Paulo comandado por Edgardo Bauza, Ganso se irritou ao ser substituído aos 40 minutos do segundo da partida contra o César Vallejo, pela Copa Sul-Americana. O jogador deixou o campo fazendo gestos negativos com a cabeça.
– Faltavam só cinco minutos. Falei que queria continuar jogando. Nenhum jogador gosta de sair, mas eu falei numa boa com o Patón – justificou-se à época.
Em 2014, Ganso, insatisfeito com a primeira vez no banco de reservas no Brasileirão daquele ano, fez críticas ao esquema tático de Muricy Ramalho. O meia entrou em campo e deu o passe para o gol de empate por 2 a 2 do São Paulo contra o Coritiba, mas mandou um recado para o então treinador
– Falta o São Paulo achar um time e deixar esse time jogar. É difícil administrar. Quatro atacantes sem ninguém para criar, fica difícil. Todos recebendo bola de costas. Depois que eu entrei o time criou bem mais, buscamos o empate e criamos inúmeras chances– disse Ganso na saída de campo.
Muricy preferiu não polemizar e preferiu minimizar o episódio
– A gente vive em uma democracia, liberdade. É uma opinião dele sobre tática – respondeu o treinador.
Em 2016, Paulo Henrique Ganso não escondeu a irritação com o companheiro de São Paulo Maicon pelo pênalti desperdiçado na vitória sobre o Oeste, pelo Campeonato Paulista. O meia criticou a postura do zagueiro, que teria desrespeitado a fila dos batedores definida pelo técnico Edgardo Bauza e passado à sua frente no momento da cobrança.
– O professor decidiu quem era o batedor, tem que ter ordem, porque quando tem ordem, se consegue as coisas. Foi difícil – desabafou o jogador na saída de campo do Morumbi.
No Brasileirão de 2015, uma falha da defesa do São Paulo, na derrota por 2 a 1 para o Athletico-PR, pela 10ª rodada irritou Ganso. O meia saiu irritado com o lance protagonizado pelo colega Lucão e não teve pudor em apontar o erro do zagueiro.
– Não tivemos bola de perigo. Não pode dar essa bobeada. Erro de quem estava marcando e a gente sabe quem foi – disse Ganso, em entrevista logo após a partida.
Em 2015, após a derrota do São Paulo para o Corinthians, pela Libertadores, Ganso se irritou com o árbitro e disparou
– Tinha que sair de camburão. Todo mundo reclamando e ele me escolhe para dar o cartão? Se o Serginho Chulapa ainda fosse do São Paulo, com certeza ele iria lá ao vestiário do árbitro para bater nele. Só que não pode mais fazer isso no futebol e ele faz isso aí. E no final de semana, estará apitando normalmente. O que ele fez foi palhaçada. O segundo gol foi para acabar de vez com a partida – disse referindo-se ao árbitro Ricardo Marques Ribeiro.
Paulo Henrique Ganso e o técnico do Santos, Jorge Sampaoli, trabalharam juntos no Sevilla e o treinador foi o responsável por recomendar a contratação do meia. Depois disso, no entanto, deu poucas oportunidades ao jogador. O brasileiro acabou amargando a reserva no clube espanhol.
Na apresentação oficial ao Flu, no início de fevereiro, Ganso ironizou goleada sofrida pelo Santos de Sampaoli, por 5 a 1 para o Ituano, dias antes, no Campeonato Paulista. Ao ser questionado na coletiva sobre Sampaoli, o jogador não escondeu o seu descontentamento.
– Tiveram algumas coisas que aconteceram lá fora. Quando uma pessoa te pede para ir a um clube e não coloca você para jogar, alguma coisa está errada. A pessoa nem falar com você, não conversar, está errada. Mas isso passa, a gente esquece, vida que segue para todo mundo – disse Ganso na ocasião.