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O dia em que Klopp, Lisca e Abel foram gigantes pelo mesmo motivo, e Renato Gaúcho foi nanico

Mar 04, 2021

Por Paulo Cobos, na ESPN                                                                                                                             

 

 

Em um intervalo de poucas horas, em 3 de março de 2021, três treinadores de países e sucesso muito diferentes foram gigantes pelo mesmo motivo.

Primeiro, foi o alemão Jürgen Klopp. Depois, o brasileiro Lisca. Por fim, o português Abel Ferreira. Todos eles tiveram coragem de apontar o quanto o futebol no Brasil está sendo irresponsável neste momento em que o COVID-19 bate recordes seguidos de mortos.

Verdade que Klopp falou em causa própria. Ele anunciou que o Liverpool não vai liberar jogadores para a disputa de jogos de seleções. Isso afeta principalmente a seleção brasileira nos jogos contra Argentina e Colômbia pelas eliminatórias: Alisson, Fabinho e Firmino são nomes certos nas listas de Tite.

"Não podemos simplesmente deixar os meninos irem e resolver a situação quando eles voltarem, colocando nossos jogadores em uma quarentena de 10 dias em um hotel. Simplesmente não é possível", afirmou o alemão, lembrando o óbvio: os clubes é que pagam os atletas.

Klopp ainda afirmou que a Inglaterra está fazendo o certo nesse momento para combater o vírus, ao contrário de outros países.

Mais sincero e dramático foi o desabafo de Lisca, antes de jogo do Campeonato Mineiro.

"Nosso país parou, gente. Não tem lugar nos hospitais, eu estou perdendo amigos, amigos treinadores. É hora de segurar a vida. Aqui no Mineiro tudo bem, é mais perto, mas como vão levar uma delegação do norte para o Sul. Presidente Caboclo, pelo amor de Deus, Juninho Paulista, Tite, Kléber Xavier, autoridades. Nós estamos apavorados", falou Lisca com uma coragem que falta para a maioria dos colegas brasileiros treinadores.

Por último, foi a vez de Abel Ferreira, um estrangeiro que trabalha no Brasil há pouco tempo, perceber o óbvio.

"Me assusta ver a quantidade de mortos. 1, 2 mil ou 5 mil mortos para mim é igual. Eu adoro futebol, sou apaixonado pelo esporte, mas futebol sem vida não é nada. A vida está acima do futebol. Acima de tudo, posso dizer que temos que ter mais responsabilidade, por mim, por você, por todos nós", afirmou o comandante palmeirense após um empate com um Corinthians que anunciou na véspera 18 casos de COVID-19.

Klopp, Lisca e Abel. Três caras tão diferentes. Três caras que os cartolas deveriam ser obrigados a escutar.

Mas no mesmo dia um outro treinador não teve a mesma felicidade. Ao comentar as declarações de Lisca, Renato Gaúcho fez um raciocínio tortuoso.

"Eu adoro o Lisca, cada um tem sua opinião, mas eu queria deixar claro que o futebol é o local mais seguro. Estamos fazendo um favor para o povo, porque, quando jogamos, é um motivo para o torcedor ficar em casa".

Sim Renato. Cada um tem sua opinião. Mas lembre as centenas de casos envolvendo jogadores e membros de comissões técnicas. E das seguidas aglomerações que torcidas causam em jogos importantes (e protestos).

 

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