O empresário do peruano anunciou no fim de semana que pediu rescisão de contrato ao Internacional, dizendo que o jogador foi desrespeitado, algo negado pela diretoria. No caso do Colorado, tudo parece ainda mais absurdo, uma vez que o clube abraçou o jogador em dois períodos de longa ausência do atacante dos gramados: a punição por doping e uma grave lesão no ligamento cruzado do joelho direito.
Dirigentes não são santos, todos sabem, mas é difícil sustentar a versão do empresário diante do histórico recente desta relação. No Corinthians, herói do Mundial de 2012, Guerrero pulou para o Flamengo após garantir que não atuaria em outro time brasileiro que não fosse o Timão. O Flamengo, onde o caso de doping estourou, moveu uma ação contra o atleta, alegando que ele fora negligente ao tomar um chá quando estava com a seleção peruana e os exames apontarem positivo para um metabólito da cocaína.
Agora no Inter, Paolo teve tudo a seu favor: elenco competitivo, bons treinadores, apoio da torcida. Mas mal pisou no gramado e agora já está prestes a deixá-lo. Aos 37 anos, Guerrero está na reta final de uma carreira que lembra namoros de adolescência: paixões avassaladoras que não chegam a cruzar a esquina.