Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional, chegou a Tóquio nesta quinta-feira. Após a decisão sobre o estado de emergência, o dirigente, em quarentena em seu hotel por conta dos protocolos de segurança, se reuniu virtualmente para definir as medidas que serão tomadas para o evento. Em coletiva de imprensa após a reunião, Seiko Hashimoto, chefe do Comitê Organizador, pediu desculpas a quem comprou ingressos.
- Peço desculpas a todos que haviam comprado ingressos e que estavam ansiosos para ver as competições. Mas espero que todos compreendam, estamos a duas semanas da cerimônia de abertura. Vamos continuar nos esforçando para garantir a segurança de todos e para entregar os Jogos com sucesso - afirmou.
A decisão de fechar os portões ao público também se estende para cidades da Grande Tóquio (Kanagawa, Chiba e Saitama). Em arenas fora da região metropolitana, como Fukushima, Miyagi e Shizuoka, que não estarão sob estado de emergência, será mantida a restrição de público a 50% da capacidade dos estádios, com o limite de 10 mil torcedores residentes no Japão. Estrangeiros foram barrados desde março por causa da pandemia do coronavírus.
Em caso de diminuição dos casos em Tóquio, os organizadores poderão rever as restrições. Ainda há a possibilidade de os Jogos Paralímpicos, que terão início no dia 24 de agosto, serem abertos a um pequeno número de torcedores. A decisão será tomada no dia 16 de julho.:
Sem público: Tóquio, Chiba, Saitama e Kanagawa.
Com público de 50% até um máximo de 10 mil: Miyagi, Fukushima, Shizuoka e Ibaraki (em Ibaraki - Kashima, sede de jogos do futebol, as sessões noturnas serão sem publico).
Hokkaido/Sapporo (futebol, maratona e marcha atlética): ainda em discussão. Mas foi pedido que as pessoas evitem ir para as ruas para apoiar os atletas ao longo do percurso.
Seiko Hashimoto durante a coletiva de imprensa nesta quinta — Foto: Reuters
Antes do encontro virtual, o presidente do COI, Thomas Bach, participou de entrevista coletiva, onde admitiu a possibilidade de os Jogos Olímpicos serem realizados sem público. A conferência contou com a presença do presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC), Andrew Parsons, que tem a mesma posição do COI.
- Mostramos a responsabilidade de realizarmos Jogos seguros e protegidos desde o dia do adiamento. E também o mostraremos hoje, e apoiaremos qualquer medida que seja necessária para que os Jogos Olímpicos e Paralímpicos sejam seguros e protegidos para o povo japonês e todos os participantes - disse Bach.
Bach chegou a Tóquio nesta quinta-feira e terá de cumprir quarentena de três dias. Ele está no quarto do hotel de onde tem participado de reuniões remotamente. Segundo o Comitê Organizador, quando terminar a quarentena, Bach deve visitar a Vila dos Atletas, no distrito de Harumi, em Tóquio, e realizar reuniões com o corpo organizador.
O COI também está organizando uma visita de Bach a Hiroshima, que foi devastada por um bombardeio atômico nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial, em 16 de julho, dia do início da trégua olímpica adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU).