A Polícia Federal desencadeou nesta quinta-feira a Operação Desventura em cinco estados (Bahia, Goiás, Paraná, São Paulo e Sergipe, além do Distrito Federal) para desarticular um grupo especializado em fraudar pagamento de loterias da Caixa por meio da validação fraudulenta de bilhetes.
De acordo com os oficiais, o "esquema consistia em validação de bilhetes falsos por gerentes da Caixa que viabilizavam o prêmio por meio de suas senhas".
"Gerentes eram recrutados por correntistas com grande movimentação financeira", explicou a PF, que revela que um dos envolvidos é um ex-jogador da seleção brasileira.
O jornal A Tarde, da Bahia, diz que se trata de Edilson, pentacampeão mundial com o Brasil em 2002 e ex-atacante de Palmeiras, Corinthians e Flamengo. O diário revela que a PF cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do ex-jogador em Salvador na manhã desta quinta; o primo do 'Capetinha' foi preso durante a operação.
A operação consiste em 54 mandados judiciais - cinco prisões preventivas, oito temporárias, 22 conduções coercitivas e 19 buscas - com aproximadamente 250 policiais participando das ações.
Informações da TV Globo dizem que durante a investigação um integrante da quadrilha foi preso ao tentar aliciar um gerente para o saque do prêmio de um bilhete no valor de R$ 3 milhões. Meses depois, ele foi liberado e morreu em circunstâncias que ainda estão sendo apuradas, segundo a Polícia Federal.
Os suspeitos da fraude responderão pelos crimes de organização criminosa, estelionato qualificado, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, falsificação de documento público e evasão de divisas.