O presidente da Fifa, Joseph Blatter, afirmou que só deixará o comando da entidade em fevereiro, em entrevista à revista alemã "Bunte". O cartola é investigado criminalmente pela Justiça suíça e sofre pressão de patrocinadores para que renuncie de forma "imediata".
"Eu sairei em 26 de fevereiro. Depois terá terminado. Mas não acontecerá nem um dia antes", insistiu o suíço, que mais uma vez rejeitou a ideia de deixar a Fifa antes do próximo congresso da entidade.
"Vou lutar até 26 de fevereiro. Por mim, pela Fifa. Estou convencido de que no mal aparecerá a luz e que o bem vai prevalecer", completou Blatter, cinco dias depois do pedido de três dos maiores patrocinadores da instituição (Coca-Cola, Visa e McDonald's) de uma renúncia "imediata".
O suíço, presidente da Fifa desde 1998, anunciou a saída do cargo em 2 de junho, em meio ao grande escândalo de corrupção envolvendo altos executivos da entidade, mas informou que permaneceria na função até as novas eleições, marcadas para 26 de fevereiro de 2016.
O elemento que aumentou a pressão foi a abertura de um processo penal na última semana pela justiça suíça contra Blatter, suspeito de "pagamento ilegal" de dois milhões de francos suíços (1,8 milhão de euros) em 2011 a Michel Platini, presidente da Uefa e favorito para sua sucessão na Fifa.
A Fifa caminha entre escândalos de corrupção desde 27 de maio, quando sete dirigentes do futebol mundial foram detidos em um hotel de Zurique - incluindo José Maria Marin, ex-presidente da CBF - a pedido da justiça norte-americana e outros sete dirigentes e empresários foram indiciados.