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Dinheiro emprestado, fita na chuteira e calças: a inacreditável história do início de Mané

Abr 11, 2023

Por ESPN                                                                                                                                                  

 

Foto: Adam Pretty - UEFA/UEFA via Getty Images

Duas das principais potências do futebol europeu da atualidade e apontados por muitos como favoritos ao título, Manchester City e Bayern de Munique abrem nesta terça-feira (11) o duelo que deixará um dos dois pelo caminho, nas quartas de final da Uefa Champions League. As equipes se enfrentam no Etihad Stadium, com bola rolando a partir de 16h (de Brasília).

Esse será o reencontro dos Citizens com um rival duríssimo dos tempos de Premier LeagueSadio Mané.

Uma das estrelas dos bávaros, o senegalês encarou o time inglês em 19 duelos somando as passagens por Southampton Liverpool, com um retrospecto equilibradíssimo: 7 vitórias, 7 derrotas e 5 empates, além de 10 gols marcados.

Campeão da Champions League com os Reds, Mané precisa eliminar o Manchester City para voltar levantar a taça da competição.

Mas a história de sucesso e protagonismo do atacante no futebol europeu só foi possível por um “ato de loucura” do senegalês quando ainda era uma criança em Bambali, uma pequena cidade com pouco mais de dois mil habitantes a 400 km de Dakar, capital do Senegal.

“Preparei tudo sabendo que não tinha dinheiro nenhum. Quando entardeceu, me escondi em um gramado alto que ficava em frente à minha casa, uma mochila com minhas coisas para não ser pego saindo. Na manhã seguinte, por volta das 6h, escovei meus dentes e nem tomei banho”, contou Mané à France Football durante entrevista em 2019.

“Saí sem avisar a ninguém, exceto meu melhor amigo. Caminhei muito para encontrar outro amigo que me emprestou algum dinheiro para que eu pudesse pegar um ônibus para Dakar. Lá eu fui acolhido por uma família que não conhecia. Eu comecei imediatamente a participar de treinamentos em equipes importantes”.

Mesmo seguindo o sonho de se tornar jogador longe de casa, Mané acabou retornando ao lar após ser “delatado” pelo melhor amigo e ser encontrado pelos pais.

“Meus pais me procuravam por todo lado. Estavam convencidos de que meu melhor amigo sabia onde eu estava. Ele se segurou e não disse nada. Mas minha família e a dele colocaram uma pressão terrível sobre ele e ele acabou me entregando”.

“Meus pais me ligaram para exigir que voltasse para casa. Não queria porque tinha vergonha de voltar, mas acabei concordando com a condição de que eles me deixassem tentar a sorte (no futebol) quando o ano letivo terminasse”.

Quando foi autorizado pela família a se dedicar ao futebol, Mané ainda precisou superar mais dificuldades para manter vivo o sonho. Entre elas a falta de estrutura e a enorme concorrência com outros jovens que também compartilhavam do mesmo objetivo de vida.

“Começou mal para mim porque, quando me apresentei, riram de mim. Eu não parecia um jogador de futebol. Usava calças que não se pareciam nada com shorts de futebol. As minhas chuteiras estavam completamente rasgadas nas laterais e tinham sido consertadas por mim com uma fita da melhor maneira que eu pude”.

“Aqueles que supervisionavam os treinamentos olhavam para mim com uma expressão facial bizarra: ‘Você realmente quer se tornar jogador de futebol?’. Eu os entendia, mas não tinha escolha. Como eu não era tão ruim, eles ficaram comigo. Esse foi o início da minha aventura”.

O resto é história.

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