Foto: Aitor Alcalde Colomer / Getty Images
A tentativa de contratar Carlo Ancelotti a todo custo é o que move a CBF nos bastidores dos amistosos que a seleção brasileira fará na Europa nos próximos dias, contra Guiné (sábado) e Senegal (terça-feira).
Enquanto o interino Ramón Menezes prepara a equipe para os jogos em Barcelona e Lisboa, respectivamente, Ednaldo Rodrigues tenta ao máximo se aproximar do técnico italiano para convencê-lo a aceitar o desafio de suceder Tite na equipe nacional.
O desejo de contar com o italiano é tão grande que o presidente da CBF cogita inclusive a possibilidade de esperar pelo treinador até o fim de seu contrato com o Real Madrid, em junho de 2024. Mas o que a seleção tem de compromissos marcados até lá?
A agenda é cheia e começa com as rodadas iniciais das eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Entre setembro e novembro, o Brasil faz seis jogos. Os adversários são:
Esses serão os últimos compromissos do Brasil em 2023. No próximo ano, a seleção tem quatro amistosos confirmados, dois em março (entre eles contra a Espanha) e dois em junho, mês em que também acontece a Copa América de 2024, com abertura prevista para o dia 14.
Ou seja, esperar por Ancelotti pode fazer a seleção ser dirigida interinamente em um terço das eliminatórias para o Mundial de 2026, em quatro amistosos (além dos três que Ramon trabalhou) e talvez até mesmo na Copa América, último torneio antes de disputar o hexa no Canadá, nos Estados Unidos e no México.
O tempo de espera foi tema da entrevista de Richarlison, que trabalhou com Ancelotti no Everton, da Inglaterra. O atacante mostrou-se favorável a ter o italiano na seleção, mas alertou para o tempo de trabalho, o que pode prejudicar a preparação para a Copa.
"É um pouco difícil, porque a gente quer começar a preparação o quanto antes. Sabemos como é difícil a Copa do Mundo. Então a gente tem que estar desde o começo trabalhando forte com um treinador fixo para pegar as características, saber o que ele quer", disse o Pombo.
"Mas não tem o que fazer. É esperar o presidente. Nós, jogadores, queremos ouvir o presidente, mas não tem o que fazer. Tem que esperar ele decidir", completou o atacante.