Escudo do Barcelona em bandeirinha de escanteio PAU BARRENA/AFP via Getty Images
O Barcelona foi formalmente indiciado de suspeita de suborno por pagamentos no valor de mais de 7 milhões de euros (R$ 37,2 milhões) feitos a empresas ligadas ao antigo vice-presidente do comité de arbitragem, José María Enríquez Negreira. A informação é da agência EFE.
Josep María Bartomeu e Sandro Rosell, ex-presidentes do Barça, também são acusados das mesmas acusações, assim como Negreira e seu filho, Javier Enríquez Romero.
O clube catalão já havia sido acusado de suposta corrupção no esporte e nos negócios, falsa administração e falsificação de documentos comerciais.
Entretanto, a EFE também informou que a polícia revistou o gabinete de arbitragem da Real Federação Espanhola de Futebol [RFEF], em Madri, nesta quinta-feira (28), em busca de documentação relacionada ao caso.
O início das investigações foi em março, quando um tribunal espanhol aceitou primeiro uma queixa apresentada por procuradores contra o Barça, seus ex-presidentes e os Negreiras.
A adição das acusações de suborno poderá, agora, acelerar um processo que está em curso desde fevereiro, quando os pagamentos foram revelados pela primeira vez.
Na Espanha, o crime de suborno exige apenas a prova de que um funcionário ou autoridade pública solicitou dinheiro ou alguma compensação para tomar uma decisão influenciada no âmbito dos seus poderes.
O que o Barcelona fez?
O Barcelona pagou às empresas de Negreira mais de 7 milhões de euros entre 2001 e 2018, enquanto o ex-árbitro da primeira divisão espanhola era vice-presidente da comissão de arbitragem.
Joan Laporta, atual presidente do Barça, disse que os pagamentos foram para "relatórios técnicos sobre árbitros" e negou que o clube alguma vez tenha "comprado árbitros ou influência".
No entanto, os promotores acusaram Rosell e Bartomeu de terem um acordo com Negreira no qual “realizaria ações que visassem favorecer o Barcelona na tomada de decisões dos árbitros nas partidas do clube e, portanto, nos resultados das competições”.